Cultura

Diomar traz ilha de São Miguel ao Caminhos

Por Lucília Anjos

Documentário compete na Seleção Caminhos do festival. Ana Lopes, integrante do filme, salienta evolução na qualidade e quantidade das produções nacionais. Por Lucília Anjos

No dia de hoje, o documentário “Diomar” esteve em exibição no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), através da Seleção Caminhos, secção competitiva do Festival Caminhos do Cinema Português, que se realiza até dia 18 de novembro. Esta seleção é dedicada à generalidade da cinematografia nacional e coleciona filmes de animação, documentário e ficção do presente ano.

A vida de Diomar Almeida, residente na Calheta, na ilha de São Miguel, inspira o projeto. O objetivo deste filme, explica Ana Lopes, uma das atrizes, é dar voz a Diomar e “mostrar a essência do micaelense, um artista ativo e autodidata que tenta dar a sua contribuição à sociedade  através daquilo que adora fazer: filmar, fotografar e cantar”. Sublinha ainda que “os filmes têm interesse pelas personagens”.

Ana Lopes reconhece ainda a importância do evento no panorama cinematográfico português, visto que é “o único festival com produções cem por cento nacionais”. A atriz, natural de Coimbra, acompanha e participa no Caminhos desde 2009 e, desde então, faz questão de marcar presença.

O festival apresenta uma variedade de projetos, “muitos deles um pouco mais alternativos”, segundo a artista, o que acaba por dar ao público uma “realidade diferente da habitual” nos festivais que decorrem, por norma, em Lisboa. Os últimos anos estão a ser marcados por um “maior foco nos documentários, amostra não tão presente como a ficção”, menciona de forma positiva a atriz. Em 2021, foi um projeto açoriano, “Os Últimos dias de Emanuel Raposo”, que recebeu o prémio de distinção. Ana Lopes, que cresceu nos Açores, considera que o filme “Diomar” está “muito bem conseguido”, pelo que há sempre “esperança” no resultado.

To Top