Cultura

Beatriz Villar dá voz feminina ao Fado de Coimbra

Fotografia cedida por Beatriz Villar

Projeto “Viragem” pretende dar nova voz ao Fado de Coimbra. “EP” junta e recria canções mais tradicionais num medley. Por Marcelle Brooman e Matilde Dias.

Beatriz Villar, cantora conhecida por reinventar composições portuguesas, lançou o seu primeiro trabalho discográfico, que cria um apelo à inovação do cenário das músicas tradicionais portuguesas. Com início de carreira em 2018, experimentou diversos estilos musicais. A cantora menciona que teve “algumas bandas de rock e pop e, de facto, o fado nunca foi uma opção”. No entanto, comenta que as opções que surgiram “estavam sempre ligadas a isso”.

A artista estreou-se no teatro aos cinco anos e fez o meu secundário em artes, espetáculo e apresentação. Foi nessa altura que percebeu que só se sentia realizada “quando estava a cantar”.

Em busca de mudança, Beatriz Villar promove “Viragem”, um EP que acolhe o single “Medley da Beira Baixa”, composto por músicas tradicionais com uma abordagem mais atual, recriadas na voz feminina. Quando questionada sobre o objetivo do seu projeto, a cantora diz que o que lhe deu força para começar este projeto foi “poder proporcionar a outras mulheres a possibilidade de cantar”.

A música é onde Beatriz Villar se quer manter focada, porém acredita que o seu rumo não se vai cingir ao fado, mas também para outros géneros. “Sempre que me apetece cantar ou compor músicas em casa, elas não soam a fado, a minha linguagem autêntica não é essa” acrescenta a cantora.

Além de artista musical, também é professora na Escola de Fado de Coimbra, fundada pelo seu companheiro e guitarrista, Diogo Mendes, principal incentivador da sua decisão de cantar músicas tradicionais. Beatriz Villar espera que mulheres apostem no Fado de Coimbra. “Teremos o maior gosto em ajudá-las nesse processo e nesse caminho”, complementa a cantora.

To Top