Cultura

ProfJam e benji price de volta à Praça da Canção

Larissa Britto

No palco principal, benji price diz ser “um privilégio” retornar a Coimbra pela segunda vez este ano. ProfJam retoma sucessos de seu álbum de estreia. Por Larissa Britto, Ana Filipa Paz e Sofia Ramos

A Festa das Latas e Imposição das Insígnias de 2022 vai a meio e benji price e ProfJam voltam às noites no parque. À medida que a noite avançava, o recinto encheu e a atmosfera ficou mais animada. Os artistas são repetidos no cartaz, o que não impede os presentes de aproveitarem e dançarem ao som das batidas. Estudantes sublinham falta de artistas com maior reconhecimento nacional e internacional e criticam a hora dos concertos. 

Em conferência de imprensa, João Ferreira, de nome artístico benji price, comenta que “o palco da Festa das Latas é icónico” e é “um privilégio” voltar a atuar pela segunda vez este ano, agora no palco principal. O cantor e produtor regressa com o álbum ‘SYSTEM’, trabalho que realizou em colaboração com ProfJam, a par de temas antigos. Antes da atuação, o artista tinha expectativas altas e confessou que, uma vez que “este ano entraram pessoas novas na universidade”, acredita que o público vai continuar a ser “fantástico”. 

O artista reconhece que este “é um palco que conhece bastante bem e não esperava voltar tão cedo”, em especial a solo. João Ferreira já acumulou vários galardões de platina e ouro e colaborou com nomes estimados do hip-hop português, como Bispo e Plutonio, e do “rap-tuga”, como xtinto, que lembrou como o seu “companheiro de palcos”. No futuro, admite que gostaria de trabalhar com um rapper do Porto, KESO, e com Conan Osíris. Numa confissão final, benji price conta que “em retrospetiva, se fosse hoje não teria adotado um pseudónimo”. 

Benji price subiu a palco a usar uma camisola com o símbolo da Associação Académica de Coimbra, que conta ter adquirido antes da atuação como forma de apoio à casa. Durante o concerto, Hugo Ferreira, membro do público, achou que a prestação criou um ambiente “tranquilo, com boas energias”. Já Afonso Silva, estudante do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), pensa que, apesar de ter gostado da atuação, “faltam no cartaz artistas com maior popularidade” e o facto do concerto ser tão cedo “não ajuda a atrair pessoas”.  

Segui-se ProfJam no alinhamento, nome de referência do panorama de música nacional, que se fez acompanhar de benji price no final do concerto. O público apertou-se para ver o artista, numa atmosfera energética, onde cantavam e batiam palmas com o ritmo da música durante toda a atuação. Para o estudante do ISEC, Luís Gomes, foi “ótimo, melhor que na queima, porque cantou ‘MIXTAKES’”, álbum de estréia de ProfJam. Já Sofia Caramelo, membro do público, conta que embora não conhecesse todas as músicas, gostou. Maria Fernandes, estudante da Universidade de Coimbra, sentiu que o artista estava “só a fazer ‘playback’ e nota-se muito, mas de resto foi espetacular”.

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