Ensino Superior

Jardins da AAC acolhem Feira Cultural das secções da casa

Clara Neto

Tarde incluiu tendas de exposição do que cada órgão tem para oferecer. Evento refletiu “falta de estratégia devido a uma estrutura sobrecarregada”. Por Clara Neto

A Feira Cultural da Associação Académica de Coimbra (AAC) decorreu segunda-feira, a partir das 15h, nos Jardins da AAC. O evento permitiu dar a conhecer algumas das secções culturais da instituição e antecedeu-se ao Sarau Académico, que contou com a atuação de diversos grupos musicais da academia.

Matilde Marques, membro da Secção de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH/AAC) pensa que “as secções culturais são um ponto fulcral da casa, pois constituem a AAC com várias atividades e vertentes ao longo do ano”. A estudante acredita que “qualquer interesse despertado por uma secção já é um ponto a mais para a feira cultural”. Para além disso, explica que “existe uma grande variedade de oferta de experiências dentro das secções que são expostas, mas o que é importante promover é o convívio e a conversa entre todos”.

“A feira cultural pode ser tão interessante para os novos alunos como para quem por aqui passa, para terem conhecimento do que um estudante pode fazer além da sua formação”, declara Maria Campino, membro da Secção de Astronomia (SA/AAC). Acrescenta que o evento “é também importante para divulgar as diversas áreas da cultura e da ciência”. A estudante diz ser “habitual, neste evento, promover-se o trabalho de cada órgão e dar a conhecer ao público o que realmente se faz – pode ser que esta tarde desperte a motivação de quem visita para se inscrever numa secção”.

A vice-presidente do SOS Estudante/AAC, Angélica Vieira, explica que a feira é “uma atividade específica para dar a conhecer as secções e também para promover a possibilidade de novos membros nas mesmas”. O presidente do Centro de Informática (CI/AAC), Paulo Nogueira Ramos, admite que a organização do evento “foi complicada devido aos testes de sons, a certas dinâmicas e ao fator do espaço onde o CI/AAC se encontra ser mais escondido (cantinas dos grelhados)”. Acredita que “tudo acaba por afetar a dinâmica que a feira pode ter, no entanto, com um pensamento positivo, é possível arranjar sinergias que atraiam novos associados e parcerias – depende do ADN de cada órgão”.

O presidente do CI/AAC afirma que “é preciso considerar que é uma fase ruidosa em termos de divulgação – com o fernezim de praxes, de inícios de aulas, da Festa das Latas – o que acaba por dificultar a forma como a publicitação é feita”. Acredita que “não foi por má intenção, mas por falta de estratégia devido a uma estrutura sobrecarregada”. Paulo Nogueira Ramos acrescenta que “por ser uma segunda-feira à tarde, pré-Sarau, com aulas a decorrer, a adesão quantitativa não vai ser muita, qualitativa depende do objetivo de cada secção – uma pessoa interessada é melhor do que nenhuma”.

“Locais mais discretos, que tenham uma divulgação prévia mais acentuada, podem ter melhores resultados do que tendas onde as pessoas não se sentem à vontade para se dirigir, até porque estão numa mentalidade diferente”, explica o presidente. “Não é por ir ao Bar da AAC que se fica com vontade de aderir a uma secção que está numa tenda à espera”, adiciona. Paulo Nogueira Ramos conclui, assim, que “o caminho pode ser mais trabalhado, para a organização destes eventos também evoluir”.

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