Pedro Falcone considera esta vitória como “necessária para o país”. Presidente da APEB anseia por melhorias na área da educação. Por Luísa Rodrigues
No dia 30 de outubro, Lula da Silva, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), venceu o atual presidente Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais brasileiras. Este pleito, que terminou com 50,9 por cento contra 49,1 por cento, trouxe diversas reações por parte da comunidade estudantil brasileira a residir em Coimbra.
O presidente da Associação de Pesquisadores e Estudantes Brasileiros em Coimbra (APEB), Felippe Vaz, ressalta que foi uma eleição muito incerta, mas acredita que significa um “momento de mudança para o Brasil”. O jovem salienta que, apesar de existir um grande número de deputados federais e senadores de extrema-direita que podem atrapalhar a governabilidade de Lula, “a experiência que este tem como presidente de dois mandatos é uma carga necessária para conseguir fazer um bom trabalho”.
De acordo com o presidente da APEB, foi possível observar, em Coimbra, comemorações pela vitória de Lula, mas também desagrado por parte de outros estudantes, o que “reflete a realidade brasileira”. Felippe Vaz tem esperança que o novo governo traga uma maior valorização da educação. Assim, pretende que exista um diálogo entre associações como a APEB, os governos brasileiro e português, e a Universidade de Coimbra, no sentido de “se trabalhar na propina do estudante internacional”.
João Troncoso, coordenador de marketing estratégico do Grupo de Estudos Maria Quitéria e colaborador no pelouro de Relações Externas da APEB, mostra-se bastante satisfeito pela vitória do candidato do PT. Menciona ainda que Jair Bolsonaro, enquanto presidente, nos últimos quatro anos, trouxe inúmeros problemas relacionados com o “meio ambiente, os direitos humanos, direitos trabalhadores e pautas sociais”.
O presidente do Grupo de Estudos Maria Quitéria, Pedro Falcone, considera a vitória de Lula “necessária para o Brasil”. Declara que, tendo em conta a situação atual, o candidato em questão era o mais adequado devido ao seu “perfil carismático” e à capacidade de “dialogar com diferentes camadas da sociedade”, acrescenta.
Em relação ao futuro do país, o dirigente do grupo estudantil refere que Lula carrega consigo “um conjunto de desafios presentes no cenário brasileiro”. O cenário de desigualdades atual, o regime fiscal desafiador, a amenização do clima de guerra que existiu nas eleições e tirar o Brasil do mapa da fome são alguns dos problemas que o jovem enfatiza como prioritários.
