DJ Chris no Beat surpreende-se com “calorosa receção”. Mandragora volta à Praça da Canção com novos temas. Por Eduardo Neves e Daniel Oliveira.
À hora marcada, DJ Chris no Beat entrou com o seu icónico chapéu de ‘cowboy’. O artista apostou logo num dos seus temas mais conhecidos, “Pira nos Caipira”, e rapidamente contou com a ajuda do público, ainda um pouco esparso. Acompanhado de bailarinas e de efeitos pirotécnicos, o espetáculo ascendeu na lotação e na animação durante todo a duração do concerto.
Em conferência de imprensa, o músico confessa que não estava à espera da “calorosa receção”. “Não sabia que ouviam a minha música aqui”, admite DJ Chris no Beat. Entre a “boa comida” e o reconhecimento dado ao artista, o músico afirma que planeia voltar para alguns projetos. “Parece que estou no Brasil”, confessa o ‘disco jockey’ brasileiro. O músico, para além de originais seus, apostou também em temas do seu compatriota PEDRO SAMPAIO, para rechear o seu alinhamento.
João Caseiro, presidente da Direção-Geral da Associação Académica, afirma estar tudo dentro do expectável no arranque da noite. Afirma que, de acordo com os bilhetes vendidos, esta será a “terceira noite com mais afluência”. Justifica este número na aposta em artistas internacionais.
O artista mexicano Eduardo Neto, com o nome de Mandragora, durante mais de uma hora trouxe música eletrónica ao palco principal. Com mais público que o artista anterior, a plateia vibrou e saltou ao som das batidas do ‘disco jockey’. Não é a primeira vez que o músico pisa o palco na Praça da Canção, mas isso não impediu de trazer temas novos a Coimbra.
O artista recorda de bom grado a última passagem pela cidade dos estudantes, ao dizer que estava “surpreendido por estar lotado” e comparou a uma “explosão” por parte do público. O cabeça de cartaz, apesar de não ser brasileiro, incorpora muitos elementos no seu repertório. Sozinho em palco e com os seus efeitos visuais nos ecrãs, Mandragora manteve a plateia agarrada atá ao final do espetáculo.
Tiago Saramago, estudante de Jornalismo e Comunicação, diz-se feliz com o cartaz e que, até agora, considera “tudo positivo”, numa festa académica “superior” a outras, afirma. Já Rui Silva, estudante de Agropecuária, critica a “poeira constante”, em especial porque “suja a roupa toda”.
Francisco Órfão também elogia a organização, desde as pulseiras ‘cashless’ ao cartaz. Aponta apenas que muitos artistas principais são repetidos, mas que acabam por “atrair sempre”. Por outro lado, Tiago Rocha, estudante de Engenharia Eletrotécnica, afirma que os artistas principais deviam ser os grupos académicos e critica os custos adicionais para adquirir as pulseiras de compra de bebida.
