Ciência & Tecnologia

UC integra coligação para a Saúde Mental

Hugo Guímaro

Cooperação entre estados discute prevenção e reforma de serviços. Representante da UC assegura que colaboração vai ser feita através de “práticas baseadas em evidências”. Por Sofia Ramos

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que mais de 150 milhões de pessoas na região europeia vivem com problemas de saúde mental. Esta questão exponenciou-se durante a pandemia e, com o objetivo de dar resposta a estas necessidades, foi criada a Coligação Pan-Europeia para a Saúde Mental. No dia 4 de maio iniciou-se a sua primeira reunião, na qual a Universidade de Coimbra (UC) participou enquanto membro.

Lançada a 30 de setembro de 2021 pela OMS, esta coligação foi apresentada como um “veículo para transformar esperança de mudança, em ações concretas”, explica a representante da UC no seio da iniciativa, Lisete Mónico. Adiciona que o mote deste encontro, que terminou esta quinta-feira, dia 5 de maio, foi “do debate à ação”, onde se discutiu como “pensar globalmente e agir localmente”.

A representante adianta que estão estabelecidas três etapas, pelo que a primeira se concretiza com esta reunião, que tinha como objetivo o “intercâmbio e reconhecimento de boas práticas” entre os estados membros, atores estatais e na sociedade civil. Acrescenta que a segunda etapa prevê a “colaboração para melhorar os serviços de saúde” e a terceira tem como finalidade a promoção para a “conscientização pública”.

A reunião representa os “primeiros passos na coligação”, já que se focou nos “‘stakeholders’, o que é que podem fazer, como podem intervir e como podem contribuir com ideias”, constata a representante. Afirma ainda que foram definidos “temas de trabalho prioritário para os próximos anos”. Estes abordam as questões de liderança, prevenção ao longo da vida, saúde mental no local de trabalho e em situações de emergência, assim como o apoio aos países para melhoria dos seus serviços.

Em relação à integração da UC na coligação, Lisete Mónico salienta a importância das “práticas baseadas em evidências” e o “papel primordial das instituições de ensino superior” na sua contribuição. A representante acredita que o “envolvimento da UC vai ser bastante importante para continuar e refletir além fronteiras”, e reitera o trabalho que a universidade tem desenvolvido nesta área.

Lisete Mónico acredita que esta coligação “pode criar uma maior proximidade ao alinhamento da OMS, em termos de saúde mental”, e que “se pode refletir em boas práticas”. Menciona ainda o desenvolvimento de ferramentas digitais enquanto mecanismo através do qual se “pode mais facilmente atender às necessidades dos estudantes”.

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