Cultura

Tuna da FEUC encerra sexto dia da QF’22 no palco principal

Débora Cruz

Os “coraleiros” foram único grupo académico a atuar no Parque da Canção. Tunas de Coimbra vistas como “forma de manter a cultura viva”, reitera estudante. Texto e fotografias por Débora Cruz

Na madrugada do dia 26 de maio, às 3h43, o Coral Quecofónico do Cifrão subiu ao palco principal da Queima das Fitas 2022 (QF’22). A atuação contou com a performance de temas como ‘Tuna da Nossa Faculdade’, ‘Lágrimas de Amores’ e ‘Pobre de Mim’.

Após a atuação do artista internacional Kevin o Chris, o público começou a dispersar e a afastar-se do Palco Fórum Coimbra. No entanto, vários pequenos grupos de pessoas ficaram para assistir à atuação da Tuna da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC). A presença dos estudantes da FEUC foi percetível através das cartolas e bengalas vermelhas e brancas.

Na primeira fila, Maria Júlia Silva aguardava o grupo académico. A finalista de Sociologia na FEUC já assistiu a várias performances do Coral Quecofónico do Cifrão e revelou que as expectativas eram “altas como sempre”. Já Giovana dos Santos, estudante de Design e Comunicação em Portalegre, foi assistir ao grupo pela primeira vez. A aluna integra a Tunapapasmisto e considera que “as tunas de Coimbra são sensacionais” e mereciam ter mais destaque no evento para dar “a conhecer aos estudantes e manter a cultura viva”.

Às 3h43 da madrugada, o primeiro “coraleiro” pisou o palco e dedicou o tema inicial, ‘Tuna da Nossa Faculdade’, a todos “aqueles que disseram que a Tuna ia acabar”. Entre os outros temas apresentados, encontravam-se ‘Lágrimas de Amores’ e ‘Pobre de Mim’. As músicas eram intercaladas com cânticos entoados pela Tuna e pelos estudantes, que empunhavam cartazes junto da primeira fila.

O penúltimo tema, ‘Pobre de Mim’, foi precedido por agradecimentos “aos bêbados, ao Amílcar e à refeição social e à Académica que percebeu que o problema não está no treinador, mas sim no presidente”. Antes da última música, ‘Minha Donzela’, a Tuna da FEUC dedicou um FRA à “grande família do Coral”. Após a entoação de um cântico final, os “coraleiros” despediram-se dos estudantes e abandonaram o palco.

Marco André, estudante de primeiro ano de Economia na FEUC, afirmou que a atuação foi “uma das melhores” que já assistiu do Coral Quecofónico do Cifrão. Para Ana Rodrigues, estudante de Economia da FEUC, foi mesmo “a melhor”. A aluna de segundo ano declarou que “os membros estiveram muito tempo parados, mas têm treinado bastante e notou-se uma melhoria significativa”.

Alguns estudantes consideraram que os grupos académicos deveriam ter mais protagonismo na QF. Renata Santos, mestranda em Marketing na FEUC, defende que o “destaque que é dado às Tunas fica muito aquém das expectativas”. Também Marco André reitera que se deveria prestar mais atenção aos grupos academistas. O aluno assevera que as tunas são “muito oprimidas” e que “não se dá o devido foco às Tunas femininas”.

Na madrugada de dia 27 vai ser a vez da Desconcertuna e da Orxestra Pitagórica fecharem os espetáculos no Palco Fórum Coimbra. Vai ser a segunda vez que o grupo da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra vai subir ao palco principal.

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