Desporto

Primeira medalha de Catarina Costa em prova continental

Fotografia cedida por Gustavo Andrade

Catarina Costa conquistou, esta sexta-feira, medalha de prata nos europeus de judo. A judoca obteve a medalha após derrota com a francesa Shirine Boukli na cidade de Sófia. Por Mateus Rosário        

Catarina Costa, judoca da Associação Académica de Coimbra (AAC) e agora terceira do ‘ranking’ mundial, conquistou a medalha de prata na 70.ª edição dos Campeonatos Europeus. O feito foi alcançado no combate com a judoca francesa Shirine Boukli, segunda do ‘ranking’ à altura da prova, na final da competição europeia de judo. Ao sofrer uma desvantagem por ‘waza-ari’, a judoca conimbricense não resistiu à adversária e consagrou-se vice-campeã da prova.

A final dos europeus de judo decorreu na última sexta-feira, 29 de abril, na Arena Armeets, em Sófia. A estudante de Medicina, Catarina Costa, na categoria de -48kg, chegou à final depois de ficar isenta na primeira eliminatória e vencer três combates. Após três penalizações aplicadas a Leyla Aliyeva, a atleta da AAC garantiu a vitória nos segundos finais do seu primeiro combate. A vitória sobre a italiana Assunta Scutto, por seu lado, foi obtida por ‘ippon’ já durante o ´golden score’. Catarina Costa ganhou a meia-final com a israelita Shira Rishony por ‘waza-ari’, pontuação que mais tarde decidiu a final dos europeus.

A fase e evolução de Catarina Costa

João Neto, antigo judoca e treinador de Catarina Costa, revela que a categoria disputada é de “grande competitividade” e que os combates são decididos “em poucos detalhes”. O ex-judoca destaca que a experiência foi “importante” ao ter em conta a preparação pensada no início do ano que tinha por objetivo chegar aos europeus “nas melhores condições para alcançar resultados”.

A judoca conimbricense destacou-se pela positiva na sua primeira prova continental Para o treinador, Catarina Costa esteve “acima de todas as adversárias, exceto a oponente da final”. A vitória é a primeira grande medalha para Catarina Costa em campeonatos europeus em que, apesar de êxitos em outras competições, como em provas do ‘Grand Slam’ ou ‘Grand Prix’, ainda não tinha passado do quinto lugar. O combate decisivo foi precedido de assistência à mão da estudante de Medicina logo no primeiro minuto. Perto do fim, a francesa conseguiu projetar a judoca portuguesa, o que foi suficiente para pontuar ‘waza-ari’. O cronómetro não favoreceu a judoca de Coimbra que não teve tempo para responder à ofensiva de Shrine Boukli.

Os próximos desafios

O momento e a evolução, desde 2018, são pontos de destaque para João Neto. O antigo judoca considera que a atleta começou a ser “mais consistente e regular nos pódios” e que, além de estar “muito bem treinada”, está “bem fisicamente”. A experiência e maturidade da judoca servem como “garantias de resultado” para o ciclo de preparação até Paris, destaca o treinador. “O crescimento vai fazer a diferença para estar em mais pódios nas competições”, conta João Neto.

A atenção, após os Europeus, vai estar direcionada para o apuramento olímpico, que se inicia em junho com o ‘Grand Slam’ de Ulaanbataar, na Mongólia, e prossegue no mês de julho, em Budapeste, ainda antes dos Mundiais da modalidade, no Uzbequistão, em outubro.

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