Segundo Bernardo Matos, palco RUC é “espaço seguro” para público da QF. Ambiente oferecido apela à diversidade e representatividade. Por Sara Sousa
O dia do cortejo costuma ser sinónimo de Quim Barreiros, mas, na terceira noite da Queima das Fitas (QF), o palco RUC não passou despercebido. O espaço contou com a atuação de vários artistas que marcaram o palco pela diferença, entre os quais Sanchez, Cigarra, Mc Yallah com Debmaster e DJ Saliva.
No início da noite, a plateia começou com poucos elementos, mas animados. Ao longo das horas, o público aumentou e, apesar de alguns momentos de chuva, manteve-se com ritmo ao som das músicas agitadas.
Bernardo Matos, membro da organização do palco, revela que o ‘feedback’ do público tem sido positivo em todos os aspetos. As reações nas redes sociais são de se destacar, uma vez que têm alcançado cada vez mais pessoas, o que acaba também por promover o espaço.
O organizador refere ainda que o palco “atinge pessoas para além da comunidade estudantil e tem um público muito específico”. Para Bernardo Matos, o local é um “espaço seguro” para todos aqueles que apreciam um estilo de música que difere dos que o palco principal apresenta.


“O objetivo do palco RUC é manter a identidade que já foi criada em anos anteriores”, conta Bernardo Matos. Contudo, confessa que esse propósito pode tornar-se difícil, dado que as equipas organizadoras do palco RUC mudam de ano para ano.
Em comparação com a QF’21, Bernardo Matos considera que o conceito do palco tem cada vez mais adesão. Para além de ser “mais variado, no que toca a artistas,” e de terem mais artistas internacionais em palco, o local é “uma curadoria diferente que dá a oportunidade à RUC de trazer ouvintes e mais pessoas a conhecer a rádio”. A seleção dos artistas, de acordo com o organizador, é feita a partir das sugestões da equipa do departamento de programação da RUC.
Renata Mottironi, que estava na plateia, admite que o palco RUC é o único que frequenta durante a festa académica. Por ter assistido às atuações na QF passada, considera que o tipo de música que o local oferece é “bastante consistente, apesar de os artistas serem outros”.


Mesmo que não se conheçam os artistas, Renata Mottironi salienta que aquilo que se imagina da música disponibilizada no palco RUC “corresponde às expectativas” dos ouvintes e que é importante “dar visibilidade aos menos conhecidos”. Afirma ainda que o ambiente no local é tranquilo.
Alexandre Bastos, estudante na Universidade do Minho, veio a Coimbra para a QF’22 por apenas um dia, mas preferiu aproveitar a noite a assistir às atuações do palco RUC, e não do principal. Para o visitante de Coimbra, é importante existir um palco com artistas alternativos porque apela à diversidade e representatividade.
O estudante acrescenta ainda que “há sempre público para o tipo de música que o palco oferece”. Conclui que, se fosse a mais dias da celebração académica, regressava aos sons da RUC. No último dia, o palco RUC vai contar com a presença de nomes como Badsista, Kelman Duran e Aurora.
