Cultura

O balanço final da festa dos estudantes

Carina Costa

Nova edição da QF’22 foi um “sucesso” em afluência. Estudantes não demonstram satisfação
com a organização do evento. Por Eduardo Neves

Na última noite do parque da Queima das Fitas de 2022 (QF’22), o secretário-geral Comissão Organizadora da Queima das Fitas (COQF), Carlos Míssel, em conjunto com a sua equipa, apresentaram-se na conferência de imprensa no edifício dos artistas. Naquela que foi a última conferência da noite, organização fez um levantamento geral de toda a festividade.

Carlos Míssel, em primeiro, compara esta edição com as anteriores a nível de afluência. Afirma que, desde o esgotar dos bilhetes gerais, soube que “este ano seria diferente”. Nos anos anteriores costumam-se registar entre 100 a 120 mil entradas no recinto e neste ano conta já com 140 mil entradas, revela o secretário-geral. O secretário-geral da COQF afirma que a afluência foi um “sucesso”.

A COQF discutiu também algumas decisões mais “polémicas” que tiveram de ser tomadas neste ano. Uma delas foi a alteração do trajeto do cortejo dos carros alegóricos e, a outra, a alteração do local da Serenata Monumental para a Sé Nova. O secretário-geral reitera que essas decisões foram tomadas para garantir a segurança de todos os intervenientes. Outros pontos menos positivos foram a falta de inscrições no baile de gala e o adiamento do artista Mc Pedrinho que iria tocar na quarta-feira.

Quanto às mudanças face ao ano anterior, Carlos Míssel revela serem positivas. Uma destas foi o reforço no sistema de pulseiras ‘cashless’. O único constrangimento foi no primeiro dia, aponta o secretário-geral, mas que todo o processo é intuitivo, rápido e cómodo. Mais um reforço foi feito na segurança, que aumentou o número de ativos em todos os pontos. isto levou a uma maior proteção geral do recinto, como afirma Carlos Míssel. Outro problema enfrentado pela comissão foi no Sarau de Gala, que no próprio dia estava em causa o seu desenrolar, por motivos de greve dos trabalhadores.

O líder da COQF, quando confrontado com aquilo que os grupos académicos partilharam em conferência de imprensa na passada segunda-feira, dia da Academia, o mesmo afirma estar sempre disposto a dar ouvidos aos grupos da casa. Estas críticas foram feitas à organização da QF’22 e alegava haver falta de condições para com os grupos e de divulgação prévia do cartaz do dia. Carlos Míssel remata que “nunca disse que não a um grupo da casa”.

O secretário-geral finaliza com um levantamento positivo de toda a QF’22 e agradece a toda a sua equipa. Numa edição “mais perto da normalidade” Carlos Míssel sente-se contente por ver os estudantes “com grande emoção”.

O que dizem os estudantes

Dos estudantes a trabalhar nas barracas de núcleos e secções, a maioria afirma que houve melhoria no método das pulseiras de pagamento, face à QF’21. Todo o método não dá problemas, exceto em horas de maior movimento.

Já os transeuntes no Parque da Canção admitem não gostar do sistema ‘cashless’, quer por “filas grandes” ou a obrigação de ativar a pulseira presencialmente. Os estudantes abordados não deram entrada no recinto todos os dias e, quando entram, usufruem em especial o palco principal, para ouvir grupos académicos, e a tenda. Eunice, estudante de Farmácia, diz gostar sempre de vir ao parque. Já Diogo, estudante de Engenharia Eletrotécnica e Computadores, afirma que “esta não foi a melhor queima”, fruto de vários problemas por parte da organização.

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