Cultura

Descontração e beleza juntam-se em palco da QF

Larissa Britto

Homenagens marcam atuação dos grupos académicos. Sistema de pulseiras deixa a
desejar pela segunda festa académica consecutiva. Por Larissa Britto


O segundo dia da Queima das Fitas 2022 (QF’22) trouxe o grupo Estudantina Universitária
de Coimbra e as Mondeguinas, Tuna da Universidade de Coimbra. Ambas alegraram a
Praça da Canção com performances que animaram o fim da madrugada.


A atuação da Estudantina teve início às 4h20 e foram recebidos por uma leve chuva,
acompanhada de várias palmas e lágrimas. Em seguida, o público recebeu a música com
grande animação e não tardou para os rapazes da Estudantina cativarem o público, o qual
não perdia a chance de gritar com vigor a letra de cada música apresentada.


Não tardou para o grupo tocar o clássico Amor a Coimbra, o qual serviu de homenagem aos
antigos participantes, que subiram ao palco ao lado dos atuais membros. Ainda sobre as
participações especiais, os integrantes fizeram questão de puxar meninas e dançar com
elas durante uma música, mantendo sempre um sorriso no rosto. Por fim, Pedro Andrade,
presidente da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra (AAC), dedica a
última música aos finalistas, os quais “passaram por esta cidade e levam várias memórias
consigo”.


Já as Mondeguinas entraram pouco depois das 5h15 e embora tenha sido mais tarde que
planejado, as meninas entregaram um espetáculo, o qual o público recebeu animado. A
música “Chamateia” esteve presente no ‘setlist’ da tuna e foi dedicada pela Doutora
Margarida, integrante da tuna, a todos os amigos das Mondeguinas, mas em especial para
os seus amigos que estavam ali presentes. A participação da tuna contou com músicas
animadas, um público engajado e uma animação contagiante por parte das integrantes.


Balanço geral 1º dia da queima


Rute de São José, que trabalha na barraca da ‘Superbock’, relata ter achado “que depois do
COVID-19 não haveria muita adesão”, mas se surpreendeu ao perceber que houve muita
adesão. Continuou ao destacar que a disposição das barracas foi “bem feita e similar a dos
anos anteriores”. No entanto, Rute de São José destacou ter ocorrido problemas em relação
à pulseira de consumo. “O problema da pulseira continua porque não há informação”,
acrescenta.


Já Anabela Fernandes, proprietária de um ‘food truck’ presente na QF, o qual é “bastante
conhecido pelas suas delícias doces”, diz ter sempre uma “boa adesão”. Além disso,
exprime o seu gosto por trabalhar na maior festa universitária do país. “É interessante,
gostamos de trabalhar em casa”, esclarece. Ao ser perguntada sobre os aspectos negativos
da QF’22, referiu que o sistema de pulseiras ‘cashless’ deixou a desejar de novo. “No ano
passado, o primeiro dia foi muito pior, mas, apesar de este ano as pessoas já terem alguma
noção do que ia acontecer, a desinformação permaneceu”, revela.


Ao transitar pelo recinto da QF, é difícil a tenda central passar despercebida. Nela, marcam
presença diversas bancas de secções e núcleos de estudantes. Nesse âmbito, BeatrizMoreira, colaboradora da Secção de Gastronomia da AAC, reconhece que “tinha muita
gente no recinto e havia uma falta de pontos de entrega e da ativação de pulseiras”. Além
disso, faz um apelo para que a área em que as secções guardam seus materiais para as
bancas seja protegida por um segurança.


As tunas presentes neste domingo de QF vão ser a Quantunna e a Fan-Farra Académica
de Coimbra, que entram ao palco depois das apresentações de Mountain Valley, Némanus
e Quim Barreiros.

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