Comemoração decorre na próxima semana. Ano foi marcado por desafios, mas também por conquistas. Por Beatriz Jales e Sofia Puglielli
O primeiro aniversário da Casa do Cinema de Coimbra vai ser comemorado do dia 9 ao 14 de maio, numa semana com uma programação diversa. Os filmes que vão ser expostos têm atenção voltada não só ao cinema português, mas também a obras cinematográficas francófonas, anglo-saxónicas e brasileiras. O programa visa marcar encontro com cinéfilos locais e agradecer aos apoiantes da casa.
Sobre este primeiro ano, Tiago Santos, membro da administração da Casa do Cinema de Coimbra, comenta que as principais dificuldades estiveram ligadas à questão da saúde pública, que “foi transversal para todo o setor”. Soma-se a isto o desafio de serem uma das únicas salas de cinema tradicionais do país e os trâmites legais para a abertura do espaço. Mesmo assim, para Tiago Santos, este foi um ano positivo, pois refere que a “adesão do público foi boa” e contou com a projeção de grandes filmes do cinema português.
Ao comparar este primeiro ano com o ano de testagem, em 2020, Tiago Santos denota que em um mês “foram superados os valores de todo um ano”. Destaca ainda que a participação dos associados “foi muito significativa” pois permitiu “criar um público mais vasto e heterogêneo”. Porém, admitiu que houve necessidade de “repensar a oferta”, no sentido de atrair mais pessoas.
Até o momento, 47 por cento do público da casa é composto pela comunidade estudantil, informou o membro da administração. Tiago Santos explicou que a casa trabalhou de forma a promover “um sentido de comunidade e sustentabilidade” ao evitar trabalhar como “uma mera empresa que procura o lucro”. No entanto, alegou que “o público estudantil vai muito atrás dos filmes que conhece”, e que têm resistência às obras com as que não estão familiarizados.
Entre as principais obras em cartaz na próxima semana estão “A Flor”, de Mariano Llinás e “À Procura de Anne Frank”, de Ari Folman, nomeado para um Oscar. Além disso, a programação também conta com uma estreia e uma ante-estreia das obras “Olga”, de Elie Grappe e “Deserto Particular”, de Aly Muritiba, respectivamente. É também possível assistir com entrada livre os filmes: “Flee – A Fuga”, de Jonas Poher Rasmussen, “Great Freedom”, de Sebastian Meise e “Quo Vadis, Aida?”, de Jasmila Zbanic.
