Críticas, reivindicações e apelos dos grupos académicos marcam final da QF. Tradição assume destaque no adeus ao Parque da Canção. Por Alexandra Guimarães
A Queima das Fitas (QF) encerrou com as atuações dos grupos académicos, a partir das 3h30. Orxestra Pitagórica, As Fans e Grupo de Fados e Guitarradas foram os últimos grupos a atuar nesta edição.
Após não ter conseguido concluir a atuação do dia anterior, a Orxestra Pitagórica voltou a subir a palco, apesar de não estar prevista no cartaz para este dia. O público acompanhou o grupo a cantar músicas conhecidas, como “Zumba na Caloira”, e até a dançar “Apita o Comboio”. Também membros da Orxestra Pitagórica saíram do palco e juntaram-se aos estudantes para dançar, como já é habitual. Na atuação não faltaram críticas dirigidas, por exemplo, ao reitor ou à construção do metro bus.






Sónia Cristóvão, ex-estudante de Coimbra, já “conhecia bem a Pitagórica”, ao contrário dos artistas anteriores, que desconhecia. Considerou este grupo como “o preferido” e a atuação “ótima como sempre”. Já Sara Elias, espectadora vinda de Castelo Branco, “não conhecia a Pitagórica”, mas achou a atuação “muito gira e diferente”.
O palco encheu-se de seguida do espírito feminino da tuna As Fans. Com as suas pandeiretas saltitantes, as estudantes dedicaram temas às cartoladas e às fitadas. A atuação terminou com uma forte reivindicação à Comissão Organizadora da Queima das Fitas pela maior presença dos grupos femininos. Soraia Nunes, membro do grupo e estudante de Línguas Modernas, mostrou-se feliz pela oportunidade de a sua tuna atuar na QF, por ser uma forma de “dar continuidade à tradição”.





Também Alexandra Albuquerque, finalista do Mestrado em Engenharia Química, reforça que é “excelente poder ver tunas femininas” e já conhecia As Fans. “Esta é uma festa académica de estudantes e para estudantes e não um festival de música”, remata a aluna.
O Grupo de Fados e Guitarradas entrou em palco a apelar aos estudantes para “esquecer a tenda e vir ouvir fado de Coimbra” e a pedir à organização para baixar o volume da tenda. Com destaque para os finalistas em palco, os estudantes apelaram à tradição nesta madrugada de despedida.





Maria Inês Serra, estudante do quinto ano de Medicina, concordou com esta atitude, que, na sua opinião, “devia ser a de todo o público”. A aluna, que veio para “ver a canção de Coimbra”, realçou a importância de “mostrar este espírito no encerramento de uma festa que é tão querida aos estudantes”. Foi ao som da Balada da Despedida de 2022 que o Parque da Canção viu a comunidade académica dizer adeus à QF, até ao ano que vem.
