Cidade

Revolução dos Cravos celebrada nas ruas de Coimbra

Sofia Puglielli

Centenas de pessoas marcaram presença na manifestação. Seis dezenas de organizações culturais estiveram envolvidas no evento. Por Sofia Puglielli

Esta segunda-feira, dia 25 de abril, teve lugar na Praça da República, uma manifestação organizada pelo Ateneu de Coimbra. A marcha é o principal elemento de um programa cultural elaborado, que se vai estender até meados de maio. Este ano, o programa conta com a adesão de 60 organizações, entre elas a Associação Académica de Coimbra (AAC).

O evento, cuja adesão foi “melhor do que a esperada”, segundo Beatriz Rosa, membro da Direção-Geral do Ateneu de Coimbra, finalizou no Pátio da Inquisição, com a participação de Miguel Araújo, Tiago Silva e do Grupo de Concertinas de Casconha. Beatriz Rosa explica que “o número de organizações a aderirem ao evento tem vindo a aumentar”, isto desde 2013, ano em que foi organizada a primeira marcha pela associação.

Centenas de pessoas estiveram no percurso, mas a comunidade estudantil destacou-se. Beatriz Rosa comentou a importância da presença das gerações mais jovens e alegou que “as manifestações têm servido de ponte entre as pessoas que viveram o fascismo e aquelas que, não tendo vivido, conhecem a importância da data”.

O presidente interino da Direção-Geral da AAC (DG/AAC), Daniel Aragão, expressou como, apesar de nem todos terem vivido o 25 de abril, “aqueles que pela liberdade nasceram, são muito gratos àqueles que pela liberdade lutaram”. O presidente interino destacou a importância da presença da comunidade estudantil na manifestação e afirmou que foi “através da rua que se fez a democracia em Portugal, faz sentido ser aqui [na rua] que se honrem aqueles que lutaram”.

Os candidatos à presidência da DG/AAC estiveram presentes no ajuntamento. João Caseiro, da Lista V – Académica de Valores e Diogo Vale, da Lista U – Lutar em Unidade, remeteram para a influência que a crise académica teve para o espoletar da Revolução dos Cravos. Diogo Vale esclareceu que é “uma data que importa não esquecer” e reforçou ainda “o papel da comunidade estudantil”.

João Caseiro, representante da lista de continuidade, informou que, para além da presença da DG/AAC na marcha, foram elaborados outros projetos como o “Abril de Valores” ou a distribuição de cravos vermelhos na baixa como “ação de ligação à cidade”. O candidato da lista V relembrou o papel dos estudantes como a “semente da mudança”, que se demonstrou importante para a eclosão da revolução.

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