Bienal de Arte Contemporânea regressa com tema da “Meia-Noite”. Evento de abertura contou com presença do presidente da CMC e do vice-reitor da UC para a Cultura e a Ciência Aberta. Por Clara Neto
No dia 9 de abril, à meia-noite, reabre a quarta edição d´O Anozero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova. A segunda parte da edição intitulada “Meia-Noite”, de novo comissariada pelas curadoras Elfi Turpin e Filipa Oliveira, vai-se prolongar até dia 26 de junho deste ano. A bienal reúne mais de 40 artistas, coletivos e as suas obras em cinco espaços diferentes da cidade, num Circuito de Exposições.
Entre os diferentes lugares disponíveis ao público estão o Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, o Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC) Sereia, o CAPC Sede, a Estufa Fria e a Estufa Tropical do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra (JBUC). A primeira parte do “Meia-Noite” decorreu entre 27 de novembro e 15 de janeiro na Sala da Cidade e presenciou uma instalação do artista Carlos Bunga.







Para além da presença das curadoras e dos convidados, compareceram ao evento de abertura o presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), José Manuel Silva e o vice-reitor da UC para a Cultura e a Ciência Aberta, Delfim Leão. José Manuel Silva espera que a bienal possa “continuar a crescer, porque já é um dos ex–libris artísticos de Coimbra, que de dois em dois anos surpreende”.
A curadora Elfi Turpin explica que, quando foram convidadas a comissariar a iniciativa, pensaram como poderiam envolver “toda a riqueza da cidade com o contexto da bienal”. Interessaram-se em particular com uma história popular de uma “pequena colónia de morcegos que vive na Biblioteca Joanina, que saem à noite para proteger as obras ao comer as lagartas e os insetos dos livros”. Começaram, então, por olhar para a noite a partir de “um lugar de práticas culturais e conhecimentos alternativos”.
“A primeira parte da bienal era um momento mais discursivo para iniciar a abordagem dos temas do projeto, que tinha apenas quatro filmes e uma instalação”, revela a curadora Filipa Oliveira. “Neste momento é já uma grande exposição com artistas espalhados em vários sítios de Coimbra”, acrescenta. Explica ainda que “é um ‘takeover’ da bienal à cidade”.
