Cidade

Estudantes da UC analisam o impacto das trotinetes elétricas nas ruas da cidade

Iris Palma

Propósito das trotinetes divide opiniões entre população conimbricense. Meio de transporte é visto como “mais sustentável e mais usado pelos estudantes”. Por Iris Palma

Dois alunos do mestrado em Geografia Humana, Planeamento e Territórios Saudáveis, Francisco Cunha e Carolina Higino, desenvolveram um estudo a avaliar o efeito que as trotinetes elétricas tiveram sobre a comunidade de Coimbra. Esta pesquisa foi desenvolvida a partir de uma proposta feita na unidade curricular de “Dinâmicas de Espaços Urbanos”, ensinada por Susana Silva, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Susana Silva indica que o que provocou este estudo foi a sugestão de “temas que privilegiassem atualidade e pertinência”. Adiciona que “deu oportunidade aos estudantes de observarem os seus arredores nas diversas dinâmicas do espaço urbano” e estes escolheram a micromobilidade. O tópico da micromobilidade foca-se em “perceber a ideia das pessoas sobre este meio de transporte emergente em Coimbra” explica Francisco Cunha.

O aluno adiciona ainda que “a micromobilidade encontra-se como uma área muito pouco explorada na área das dinâmicas de espaços urbanos”. A pesquisa feita foi elaborada “com base em dois questionários, cujos resultados foram analisados e unidos ao tema da micromobilidade e da mobilidade urbana”, elucida.

A avaliação realizada revela que existe uma igualdade de cinquenta por cento entre os utilizadores de trotinetes em comparação com as pessoas que não as utilizam. Porém, dentro destes cinquenta por cento, “maior parte está a favor de mais segurança ao usar as trotinetes”. Francisco Cunha considera ainda que a segurança “é um fator crítico” dentro deste estudo que procura trazer consciência na condução das trotinetes.

A opinião do mestrando é de que “estes meios de deslocação devem existir mas com legislação, como por exemplo quando foi imposta a regra de uso obrigatório do capacete”. O desejo de mais cuidados provém não só dos utilizadores, mas também dos outros, que zelam pela segurança destes.

O estudante aponta que, entre diversas vantagens, também existem desvantagens a este meio de transporte, como o aumento de aparecimento de ferimentos e a inclusão de colisões em acidentes rodoviários. Francisco Cunha ilumina um exemplo de “uma fotografia relatada nos questionários, onde uma trotinete elétrica foi vista a andar em contramão na Ponte Europa”, uma zona proibida para tais meios de transporte.

O estudo tem como função informar mais sobre a micromobilidade e como esta está infiltrada e pode ser desenvolvida nas ruas de Coimbra de uma forma segura. Também promovendo a imagem de uma deslocação alternativa para os estudantes. Francisco Cunha adiciona que “as trotinetes elétricas são um meio sustentável e amigo do ambiente”.

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