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Concentração pela paz apela ao desarmamento nuclear

Sofia Puglielli

“Não se pode parar, enquanto não se conseguir cessar a guerra” afirma um dos organizadores. Manifestação ocorreu em Coimbra, Lisboa, Évora, Santarém e Porto. Por Sofia Puglielli

Hoje, 10 de março, teve lugar à frente da Estação Nova uma concentração pela paz com a recolha de assinaturas para uma petição que solicita que Portugal assine o tratado de desarmamento nuclear aprovado pela Organização das Nações Unidas. “Parar a Guerra, dar uma oportunidade à paz” é o lema do evento organizado pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), que também decorreu noutras cidades do país.

Manuel Matos, elemento do conselho fiscal do CPPC, explica que o objetivo, para além de “apelar à paz na Ucrânia”, visa recolher 7500 assinaturas para levar à Assembleia da República a petição. A posição defendida contra as armas nucleares estabelece a importância de “evitar que haja uma ameaça no mundo”, explica o ativista. Desta forma, a colheita de assinaturas visa “cumprir a constituição”, na medida em que esta “defende o fim dos blocos militares”, frisa Manuel Matos. 

Esta pequena concentração não é a primeira das iniciativas a serem tomadas. A CPPC já foi responsável pela organização de outros eventos. Em relação aos conflitos entre a Ucrânia e a Rússia, o Conselho já organizou a marcação de concertos pela paz. “São realizadas sempre iniciativas, não só por causa deste conflito, mas porque se luta há anos pela paz” expressa o ativista Manuel Matos.

A ajuda humanitária que Portugal tem oferecido para com os refugiados da guerra é bem reconhecida. “Portugal demonstrou uma solidariedade direta com o povo ucraniano”, comenta António Pereira, estudante da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (UC). No entanto, a falha do país parece estar presente na sua própria imposição a nível político-internacional: “Portugal acaba por ter uma posição internacional tímida”, comenta Diogo Vale, estudante da Faculdade de Medicina da UC. Na mesma linha, Manuel Matos expõe que Portugal deve “colaborar com pressão política através da negociação, e não através do armamento de pessoas”. 

A importância da concentração não só remete para a sensibilização das pessoas, mas também passa por “uma oportunidade de se manifestar pela paz”, explica Diogo Vale. Desta maneira, “a mobilização popular demonstra-se como importante para pressionar os governos”, finaliza. Manuel Matos acredita que “não se pode parar, enquanto não se conseguir cessar a guerra”. 

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