Cidade

Chá e Cultura de volta ao Jardim da Sereia

Sofia Ramos

Casa de Chá volta a abrir portas após dois anos de pandemia. Primeiro evento cultural vai ter lugar dia 20 de abril. Por Sofia Ramos

A Casa de Chá do Jardim da Sereia reabriu após dois anos encerrada. Esta é gerida através de um projeto de integração social e profissional da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Coimbra. O estabelecimento traz como novidade a promoção de eventos culturais.

A coordenadora da Casa de Chá Miriam Bernardino, psicóloga de formação, explica que “os últimos dois anos foram muito difíceis, sobretudo para os utentes da APPACDM”. A breve abertura prévia ocorreu apenas com prestadores de serviços, sem a possibilidade de ter utentes da associação, o que “descaracteriza o objetivo do que é a Casa de Chá”, ilustra a coordenadora. 

Mónica Velho e Ricardo Viseu são, segundo Miriam Bernardino, as figuras mais marcantes do projeto, pelo que trabalham na casa há bastantes anos. Apesar de estarem envolvidos “noutras atividades paralelas”, a Casa de Chá representa para este par “um sítio mais laboral”, refere a coordenadora. Realça ainda a independência e autonomia que o projeto proporciona aos trabalhadores. Apesar da dificuldade inicial do uso de máscara e distanciamento social, a transição foi rápida e Miriam Bernardino relata que “eles realmente gostam e sentiram muita falta”.

O projeto vai continuar a crescer como um local para “acolher eventos culturais”.  A coordenadora revela o desejo de transformar o espaço para que este seja “também um polo cultural, não só uma casa de chá”, com o objetivo de “as pessoas se sentirem confortáveis e ao mesmo tempo seguras”. 

De momento, estão planeadas apresentações de teatro, saraus e poesia. O primeiro é prometido para dia 20 de abril, com o poeta António Amaral Tavares em parceria com a Associação ReCriar Caminhos.

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