Cultura

APCC expõe arte “Fora de Sítio”

Íris Palma

Baixa recebe esculturas e encenações de utentes da associação. Projeto visa “aumentar  representatividade das pessoas com deficiência na cidade e na comunidade”.  Por Iris Palma

No dia 4 de março teve início a exposição de artes plásticas e teatrais integradas no projeto “Fora de Sítio” da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC). A iniciativa que conta com a colaboração da Agência de Promoção da Baixa, reúne 9 lojas e estende-se até o dia 31 deste mês. As obras são acompanhadas de ‘QR Codes’ que apresentam diversos temas alusivos ao espetáculo “Museu de Nós” .

A APCC é uma instituição que “promove a autonomia, o bem-estar, a representatividade e a inclusão para as pessoas com deficiência na comunidade e trabalha com os utentes nas áreas artísticas”, define Mariana Nunes, professora de teatro na associação. Estas áreas artísticas são diversas e abrangem a música, a pintura, a escultura como também o teatro.

O projeto “Fora de Sítio” é dividido entre duas partes, a primeira, “Fora de Nós”, decorre entre os dias 4 de março até dia 15 e a segunda, “Fora de Mão”, prossegue de dia 16 até ao final do mês. Ambas as partes introduzem os trabalhos dos utentes da APCC no grupo de escultura e excertos do teatro “Museu de Nós”, divididos em cenas. Cada obra, juntamente com o respetivo ‘QR Code’ de uma cena do teatro, é colocada nas montras das lojas de maneira a expor as histórias não só dos utentes, mas também da instituição.

Mariana Nunes indica que o intuito do projeto é “fazer com que o público viesse ao lugar onde os utentes criam as obras e ouvissem as suas histórias”. A professora acrescenta ainda que o projeto, “ao mesmo tempo, é também uma forma de aumentar a representatividade das pessoas com deficiência na cidade e na comunidade”.

O teatro “Museu de Nós” é dividido em diversas cenas como um teatro normal, porém estas são diferentes consoante as diversas lojas. A professora explica que “cada caixa é um elemento cenográfico de uma cena e essa cena corresponde à história de um dos intérpretes do grupo de teatro”. O espetáculo, que foi projetado entre dois confinamentos, estreou no formato online.

Para a segunda parte da exposição, Mariana Nunes explica que as obras feitas em conjunto com as cenas do teatro vão ser divulgadas em 19 lojas na Baixa. Estas lojas foram escolhidas com “base na estética das caixas, para tentar aproximá-las às características da loja”, elucida a professora. Mariana Nunes expõe a expectativa de que “esta exposição traga mais comércio, mais movimento à Baixa de Coimbra e também um reconhecimento do trabalho feito pelos utentes”. Acrescenta ainda que as pessoas que lerem o ‘QR code’ podem assistir ao teatro de forma gratuita.

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