Camisolas com sangue representam vítimas de femicídio. Trabalho feito de “forma rústica e manual”. Por Carina Costa e Bruno Oliveira
A Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) neste dia da Mulher uniu-se com a Secção de Defesa dos Direitos Humanos da AAC (SDDH/AAC) e criou uma instalação artística que cobre parte da fachada do edifício sede. Daniel Aragão, vice-presidente da DG/AAC, explica que para além da peça consideraram importante contextualizar e partilhar dados do Observatório de Mulheres Assassinadas. De acordo, com o vice-presidente a placa informativa procura expor “o flagelo que é o femicídio em Portugal”.
Segundo a obra, de janeiro a novembro de 2021, 13 mulheres foram assassinadas em contexto de femicídio. Este ato refere-se a “morte das mulheres pelo simples facto de serem mulheres”. Posto isto, a ação mostra um pano preto na fachada com 13 t-shirts cobertas de tinta vermelha, que representam o sangue das vítimas.
Daniel Aragão sublinha que o trabalho foi feito de “forma rústica e manual” por toda a equipa e realça a sustentabilidade do projeto. Todos os materiais foram aproveitados de outras campanhas feitas pela SDDH/AAC.

