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Projeto COL.ECO vai abrir na Baixa de Coimbra para atrair mais comércio e investimento local

Espaço colaborativo presta apoio a microempresários e pessoas em situação de desemprego. Projeto visa promover inclusão social e laboral através de equipa multidisciplinar e da sinergia entre empresas, ideias e participantes. Por Débora Cruz

A Rua Adelino Veiga, localizada na Baixa da cidade, vai acolher um novo projeto resultante de uma iniciativa da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC). Numa fase inicial, o COL.ECO – Colaboração na Organização Local da Economia Eco Sustentável do Concelho de Coimbra vai organizar uma loja colaborativa com o objetivo de apoiar pessoas que possuam uma ideia de negócio para investir no comércio local. As candidaturas para fazer parte do projeto estão abertas até 18 de fevereiro e as propostas devem ter em conta questões de sustentabilidade ecológica e ambiental. Prevê-se que o espaço abra entre o final de fevereiro e a primeira semana de março.

A loja colaborativa vai funcionar no rés-do-chão do edifício alugado na Rua Adelino Veiga e o espaço vai ter uma renda mensal de cem euros para os candidatos selecionados, com todas as despesas e custos associados. Segundo a coordenadora do projeto, Rute Castela, a loja funciona como uma “resposta complementar” da iniciativa. “A candidatura é para quem pretenda vender produtos ou serviços que sejam ambientalmente sustentáveis e que estejam interessados em ter esse negócio na Baixa de Coimbra”, refere. A presidente da APBC, Assunção Ataíde, frisa que um dos objetivos é promover o crescimento de microempresas e “colmatar determinadas situações empresariais que, com ou sem COVID-19, se agudizaram”.

Fomentar a integração de pessoas em situação de desemprego no mercado de trabalho, entre elas “microempresários da Baixa que devido à pandemia perderam os seus negócios ou estão em risco de os perder” é também um dos objetivos, frisa Rute Castela. Desta forma, o projeto visa fornecer acompanhamento ao “nível da formação”, habilitando os participantes com “ferramentas e competências para criarem o seu negócio no futuro”, sublinha a coordenadora. Além disso, o COL.ECO pretende apoiar desempregados de longa duração com baixas competências digitais. Rute Castela sublinha que a iniciativa pretende dinamizar um “processo de aprendizagem individual e coletiva através de um programa específico muito orientado para a prática” para que esta comunidade consiga uma “melhor integração no mercado de trabalho”.

O projeto é descrito como “colaborativo” porque o propósito é “criar sinergias em todo o processo e espera-se que os participantes possam beber do conhecimento de outras pessoas, porque tudo vai ser construído em conjunto”, realça Rute Castela. A coordenadora do projeto destaca ainda que o mais importante é que o “espaço possa ser uma solução na vida destas pessoas que se estão a candidatar” e que o apoio fornecido pelo COL.ECO lhes permita ter “uma melhor integração ao nível laboral”. Segundo a presidente da APBC, um dos principais objetivos é fazer com que as pessoas que forem apoiadas “consigam autonomia e estabilidade a nível económico e empresarial”.

O COL.ECO surgiu no âmbito de uma candidatura ao Programa Parcerias para o Impacto, do Portugal Inovação Social e é apoiado pela Câmara Municipal de Coimbra, que sustentou 25 por cento do investimento deste projeto. A presidente da APBC afirma que através desta iniciativa vai ser possível atrair mais pessoas para a Baixa da cidade, “promover a rua Adelino Veiga” e possibilitar “o crescimento de uma série de microempresas”. Rute Castela acrescenta que o espaço permite pensar soluções para “melhor viver na Baixa” e conseguir “completar a ligação importante com a questão ambiental e ética” ao promover a sustentabilidade.

Para além do apoio do Município de Coimbra, o projeto conta ainda com a parceria do Observatório da Cidadania e Intervenção Social da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.

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