Eleições realizam-se a 24 de fevereiro. Falta de visibilidade e contacto direto com os estudantes é apontada como principal entrave à ação do órgão. Por Raquel Lucas
Ana Margarida Mendes, estudante de primeiro ano na Licenciatura em Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), é a atual candidata à representação da Comissão Disciplinar da Associação Académica de Coimbra (CD/AAC). O órgão é responsável pela investigação e ação disciplinar enquanto “entidade acusadora” da academia, como é possível ler-se na página de Instagram da Lista R – Rigor na Académica.
Em entrevista ao jornal A CABRA, a estudante revela que o incentivo à sua candidatura é a necessidade de maior rigor nos procedimentos, tomada de decisões e emissão de pareceres. Margarida Mendes diz manter-se consciente de que “os estatutos são para cumprir e para se fazer cumprir”.
O foco está no compromisso para com as competências que, de acordo com a aluna da FLUC, deveriam ser inerentes à CD/AAC: rigor, transparência e proximidade. Os pilares enumerados apresentam-se como soluções a “alguns dos erros cometidos em mandatos anteriores”, verificados no atual “afastamento entre o órgão e os associados”, confessa.
“Candidatamo-nos pela transparência, que consideramos indispensável num órgão de colossal importância para a manutenção da integridade estatutária da casa”, afirma a cabeça de lista. O objetivo é um maior contacto direto com os associados para “garantir que todos tenham conhecimento daquilo que é a CD/AAC e do que representa”, acrescenta.
Segundo Ana Margarida Mendes, o maior entrave à ação do órgão passa pela falta de visibilidade por parte dos estudantes. “É de extrema urgência que haja uma maior divulgação não só das funções do órgão, mas também da sua ação em geral”, reitera. A candidata apela para a garantia de “uma casa rigorosa e democrática” e de “um associativismo com base num ambiente justo e estatutário”.
