Estudantes permanecem na 17ª posição apesar da derrota. Vila-condenses marcaram golo da vitória com 9 minutos a faltar para fim do jogo. Texto e fotografias por Íris Palma e Ana Sofia Pereira
No dia 19 de janeiro o Estádio Cidade de Coimbra recebeu os jogadores de Rio Ave e Académica para a 18ª jornada da Liga Portugal SABSEG. Este confronto trouxe aos estudantes mais uma derrota que teve um “sabor muito ingrato”, segundo Pedro Duarte, treinador da Académica, que esperava, pelo menos, um empate. Num jogo adiado de segunda-feira, a Académica apresentou-se com várias ausências no plantel, com jogadores como João Tiago, Costinha e Guilherme a assumirem a titularidade na partida.
Com início às 18 horas, o jogo mostrou-se bastante equilibrado, a nível de oportunidades flagrantes de golo, embora os vila-condenses tivessem mais posse de bola durante os 90 minutos. Na primeira parte, a Académica mostrou-se com mais iniciativa no ataque e, na segunda, os jogadores apostaram mais em defender a sua baliza.
Logo no início da partida, aos 6 minutos, a bola acompanhou o jogo apressado dos conimbricenses num contra-ataque em que a Briosa perdeu a oportunidade de fazer o golo inaugural da partida. De seguida, aos 7 minutos, a Académica volta a atacar através de um cruzamento de David Sualehe. No entanto, a bola acabou por ser cortada pela equipa adversária. O sucesso da estratégia usada pelo Rio Ave passou pelas suas “tentativas de condicionar o adversário o mais alto possível”, como revelou Luís Freire, treinador dos vila-condenses.
Apesar de algumas boas investidas de Costinha pelo flanco esquerdo, acabou por ser a equipa visitante a adiantar-se no marcador. Aos 40 minutos, Pedro Mendes, remata à barra e de seguida, Aziz aproveita a oportunidade e dá a felicidade aos vila-condenses com o primeiro golo da partida. Embora tivessem poucos apoiantes no estádio, os convidados não esconderam o seu ânimo pela pequena conquista.
A segunda metade do jogo, porém, mostrou-se uma batalha revertida com os rio-avistas a jogarem mais no ataque e a equipa estudantil na defensiva. Metade do jogo passou-se com o Rio Ave na dianteira. Os nortenhos tentavam marcar um golo decisivo para abater as tentativas de empate da Briosa, mas Hugo Gomes falhou de cabeça esta oportunidade. Michael Douglas tentou pouco depois fazer o golo, também de cabeça, mas teve a infelicidade de a bola sair por cima da baliza adversária.
Aos 66 minutos da partida, João Carlos da Académica marcou um golo de fora de área que causou uma erupção de entusiasmo nos adeptos da casa. Com a persistência dos jogadores do Rio Ave na procura do golo da vitória, a Académica foi obrigada a apostar numa tática defensiva mais apertada, devido às repetidas tentativas de golo dos visitantes perto da sua baliza. Destaque para as oportunidades de Gabrielzinho que criaram algum perigo junto da baliza de Mika.
Com o tempo a passar, a equipa adversária vê-se determinada em não deixar terminar o jogo com um empate. Graças a um toque despropositado de Guilherme após um cabeceamento de Pedro Mendes, o Rio Ave consegue marcar o golo da vitória aos 81 minutos.
Segundo Pedro Duarte, a equipa da Académica, apesar de todos os obstáculos causados pela COVID-19, apresentou-se ainda como uma forte adversária para o Rio Ave. O treinador mostrou-se “extremamente orgulhoso”. No entanto, ainda na sua ótica, o resultado do jogo “sabe a ingratidão”.
Por seu lado, o treinador do Rio Ave, Luís Freire, reforçou o facto de a Académica ser um “clube histórico” e um adversário que deve ser respeitado. Destacou ainda o facto de a equipa não jogar para a liga “há um mês”, mas mesmo assim conseguiu ter “mais bola e iniciativa” no jogo.
O próximo jogo da Briosa é frente ao Varzim, dia 22 de janeiro, a contar para a 19ª jornada da Liga Portugal SABSEG.
