Cultura

“50 anos de portas abertas” do Instituto Universitário Justiça e Paz

Larissa Britto

Instituto Universitário Justiça e Paz (IUJP) celebra aniversário com eventos ao longo de um ano. Preparam-se já os próximos 50 anos, com garantia que “o espírito originário permanece atual”. Por Ana Filipa Paz

A comemoração do cinquentenário do IUJP vai decorrer com a dinamização de diferentes iniciativas programadas até 2022. “Este colóquio é uma das primeiras peças do aniversário dos 50 anos”, afirma João Paulo Barbosa de Melo, professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC) e coordenador da Comissão Executiva das Comemorações do IUJP. A conferência realiza-se hoje à noite, pelas 21h00, no auditório do IUJP e de forma remota, no Facebook do Instituto. 

Os 50 anos do IUJP vão ser celebrados através de “um programa de eventos, que começou a 21 de novembro e que termina a 20 de novembro de 2022”, anuncia João Paulo Barbosa de Melo. Este ano de festejos será preenchido, de entre os diferentes projetos, com um jantar solidário, um colóquio interreligioso e a publicação de um livro de comemoração do cinquentenário do IUJP.

Segundo o coordenador da Comissão Executiva, o objetivo deste colóquio é “ouvir os intervenientes, que são pessoas que conhecem bem o contexto do período de fundação do instituto e que estiveram por detrás da sua criação, em 1971”. A sessão conta com a presença de João Gouveia Monteiro, professor da Faculdade de Letras da UC e historiador, numa apresentação “sobre Coimbra do final dos anos 60”. José Antunes, membro da equipa fundadora do IUJP, vai também intervir na cerimónia com um testemunho sobre o arranque primordial do Instituto.

Posterior às intervenções, três membros do IUJP de três gerações diferentes vão dar o seu testemunho sob o mote “o que foi e é, para mim, o Instituto”. O jornal A CABRA perguntou o mesmo ao professor João Paulo Barbosa de Melo, o qual respondeu ser “uma escola de pensamento teológico, numa altura em que isso não abundava em Coimbra”, além de lhe ter ensinado “que o serviço ao outro é um aspeto estruturante na vida de qualquer cristão”. Acrescenta que “os três testemunhos vão dar o pontapé de partida da discussão, depois, as pessoas presentes são convidadas também a dar o seu contributo para essa reflexão”.

“50 anos de portas abertas” dá título ao colóquio a decorrer esta quinta-feira. Tal como o IUJP preconiza, “a porta não está fechada a ninguém”, sublinha o coordenador da Comissão Executiva das Comemorações do IUJP. De acordo com João Paulo Barbosa de Melo, as únicas restrições impostas aos participantes no formato presencial são “o certificado digital COVID-19 e o tempo”. O debate final convida todos a “trazer o seu testemunho, de forma a colocá-lo em confronto com as novas gerações”, incita o professor da FEUC.

João Paulo Barbosa de Melo reconhece que “o espírito originário do IUJP permanece atual”. Passados 50 anos, “ o IUJP ainda se revê no fundamental do que foi pensado na sua criação”, confirma. No que diz respeito às cinco décadas que se seguem, o previsto é “repensar a forma como o instituto faz o seu trabalho, face aos novos tempos que se vivem na universidade, na cidade de Coimbra e na sociedade em geral”. 

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