Ensino Superior

Espírito de interdisciplinaridade do CEIS20 presente em ciclo de conferências

Fotografia cedida por Clara Serrano

Objetivo da iniciativa é trazer à cidade nomes relevantes no contexto das ciências sociais. Vice-coordenador do CEIS20 realça importância de falar sobre determinados temas de forma mais acessível. Por Joana Carvalho

O Museu Nacional Machado de Castro junta-se ao Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra (CEIS20) para acolher o ciclo “Conferências do CEIS20”. No dia 5 de novembro, pelas 18h, vai ter lugar a segunda conferência desta iniciativa com a socióloga e ativista Cristina Roldão como oradora. O ciclo de conferências vai decorrer ao longo do ano letivo de 2021/2022.

O evento tem como título “Algumas notas sobre o racismo em Portugal”. De acordo com Luís Trindade, vice-coordenador do CEIS20, a ideia por trás das conferências é “trazer a Coimbra investigadores que se responsabilizem pelas várias áreas que o centro cobre na sua atividade científica” e “tentar mostrar à cidade nomes e temas que sejam interessantes”.

As conferências vão debruçar-se, na sua generalidade, sobre assuntos ligados a várias disciplinas das ciências sociais, como história, estudos artísticos, ciências da educação e ciências da comunicação. O vice-coordenador do CEIS20 realça a importância da presença de pessoas pertencentes a um contexto académico que saibam comunicar para a sociedade. Luís Trindade destaca também o facto destas conferências irem decorrer no Museu Nacional Machado de Castro como um exemplo dessa proximidade não só com a comunidade académica, mas com a cidade de Coimbra.

Neste sentido, Luís Trindade acredita que Cristina Roldão é “um caso paradigmático”, por ser uma socióloga “extremamente competente e original”, mas também por ser uma pessoa com uma “boa capacidade de comunicação e interação” em relação a assuntos que podem ser mais complexos. O trabalho da socióloga e ativista toca, segundo Luís Trindade, não só no tema do racismo, como também tem “uma grande ligação com as disciplinas de história e teoria pós-colonial”.

Luís Trindade considera que, para falar de assuntos complexos, a solução passa por os abordar de uma forma mais acessível. “Estas conferências são um lugar interessante para ver temas como o racismo serem tratados de forma séria mas de uma maneira menos obscura e que seja só compreendida por académicos”, acrescenta.

O ciclo de conferências teve início no fim de setembro e contou com a presença de uma cientista política. Também vão existir convidados do campo do jornalismo, assim como historiadores, o que comprova “a interdisciplinaridade que é o espírito do CEIS20”, segundo Luís Trindade. As várias apresentações vão estender-se ao longo deste ano letivo, com o objetivo de dar continuidade no ano letivo de 2022/2023.

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