Desporto

[II Liga] Académica vs Vilafranquense – os estudantes, um a um

A crise continua a aumentar, mas nem tudo é mau pois parece estar a aparecer um jovem talento que destoa do resto da equipa. Paulo Sérgio Santos põe as culpas no curso de treinador que Rui Borges obteve e que pôs fim à dupla maravilha da época passada com Fernando Alexandre.

91. Mika – 6

Daqui a meio século, qualquer historiador que olhe para a ficha de jogo deste dia verá apenas os factos, dois golos sofridos. E dois golos sofridos são sempre um pecúlio pesado para um guarda-redes, tenha ou não culpa no cartório, principalmente se trazem acoplada uma derrota. Que a nota sirva para minimizar aquilo que é basicamente estatístico.

36. Guilherme – 6

Quando do outro lado da barricada está o antecessor na posição, a contenda presta-se às mais variadas interpretações e comparações. É certo que não marcou um golo nem fabricou uma bela assistência, mas foi sóbrio no que fez. E em muitos dias não há qualquer mal em ficar-se um pouco aquém de um Mike Moura. 

27. Michael Douglas – 5

Desta vez, pasme-se, não foi lento. E ainda deu uma bela aula de como cair aparatosamente sem berros, com o árbitro a apitar ainda no meio da série de cinco capotanços, levantando-se depois como se nada fosse. Fica a pergunta: ganha outra vida se jogar descaído para o lado esquerdo?

4. Lorenzo – 5

Aquele “encosto” a Nenê foi o prenúncio de uma exibição autoritária, polvilhada com alguns passes longos interessantes. Talvez, e no próximo jogo se verá, a culpa não ande a ser completamente das várias duplas de centrais. Talvez…

13. Fábio Vianna – 5

O ser humano, regra geral, tem comportamentos curiosos. Uma coisa, ou série de coisas sai bem, e depois julga que tudo vai sair bem. E, tanta vez, um ‘risotto’ fica tudo menos um ‘risotto’ porque não é apenas fazer arroz. Tal como atacar bem não é igual a defender bem.

6. Ricardo Dias – 0

Podemos imputar-lhe culpas pelo primeiro golo, sendo que até já conhece Mike de gingeira. No segundo não estava lá (e quiçá nunca teve vontade de lá estar), mas também não podemos garantir que o resultado seria diferente se lá estivesse.

25. Christian – 5

Dei por ele quase no final da partida, quando já não sabia se ainda estava em campo ou não, ao fazer um passe excelente para o Hugo Seco, se este tivesse asas e o campo mais uns dez ou 15 metros de largura.

10. Jonathan Toro – 6

Parece andar a voltar a ser o Toro que levou a que viesse emprestado há uns anos, mas que nunca foi por estas bandas.

20. Traquina – 5

É difícil criticar o nosso capitão porque mesmo quando não joga bem, saca sempre um coelho da cartola. Às vezes é um coelho anão, mas ainda assim um coelho, que leva a que a plateia aplauda efusivamente.

30. Costinha – 7

Está aqui um belo bico de obra, para Rui Borges ou para o senhor que se seguir. Por um lado, há Fatai. Por outro, Tomás Costa. Do outro lado, do campo, subentenda-se, Traquina. E só podem jogar dois dos três. Mas este pequeno não engana, tem ginga.

Fotografia: D.R.

50. João Carlos – 3

Sim, é o tal avançado que foi importante na subida do Estoril, com zero golos marcados (palavras de Vítor Paneira). Sim, em quatro oportunidades que tem, consegue falhar todas e ainda arranjar tempo para engendrar forma de falhar a quinta. E, no meio de tudo isto, continuamos sem saber se aquele avançado paraguaio contratado no último dia de mercado, e que teve uma época espetacular há seis anos, é melhor.

77. Hugo Seco – 2

Há sempre alguém que é o bom sacana, aquele jogador inteligente que entra, finge que vai pontapear um adversário, instala o caos, foge de mansinho e consegue expulsar um jogador. Missão cumprida. Melhor ainda se tivesse sido uma meia hora mais cedo.

28. Reko – 2

Está a ficar muitíssimo bom em esbracejar e apanhar amarelos. Creio que entrando sempre a uns 20 minutos do final não dê para muito mais.

9. Dani – 0

Entrou.

Rui Borges – 3

A meu ver a culpa não é dele, antes da formação que foi obrigado a fazer e que desfez a dupla maravilha da época passada. Que saudades de ver um Fernando Alexandre aprimoradamente vestido na área técnica. Isto é praticamente um daqueles casos de alguém que tira uma pós graduação ou um mestrado irrelevante. Sim, agora é Mestre (ou pode treinar uma equipa da II Liga). E depois?

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