Cidade

Autárquicas 2021 debatidas ao som da RUC

Stephanie Sayuri Paixão

Candidatos debatem a situação do concelho e as propostas apresentadas aos eleitores. Mobilidade foi tema central no auditório do ISCAC. Por Jéssica Terceiro

Foi na noite desta quarta-feira que se realizou o debate entre os oito candidatos à Câmara Municipal de Coimbra (CMC) para as Eleições Autárquicas 2021. Organizado pela Rádio Universidade de Coimbra (RUC), o debate decorreu das 21 às 23 horas no Auditório Marques de Almeida, cedido pelo Instituto Superior de Contabilidade e Auditoria de Coimbra (ISCAC). Com a moderação dos repórteres da RUC, Tomás Cunha e Gonçalo Pina, o debate dividiu-se em três fases. A primeira com uma intervenção inicial de cada cabeça de lista, em seguida a resposta dos candidatos às perguntas dos jornalistas e, por fim, um breve apelo ao voto.

Desta maneira, são então apresentados os oito candidatos à CMC e respetivos partidos: Francisco Queirós da CDU, Miguel Ângelo Marques do CHEGA – Distrital de Coimbra, Filipe Reis do PAN – Pessoas Animais Natureza, Jorge Gouveia Monteiro do Movimento Cidadãos por Coimbra, Inês Tafula da coligação Coimbra é Capital (Partido da Terra MPT + PDR Centro), José Manuel Silva da coligação Juntos Somos Coimbra (PSD, CDS, Somos Coimbra, NC, PPM, Volt, RIR, Aliança) e Tiago Meireles Ribeiro da Iniciativa Liberal: Eu Escolho Coimbra. Manuel Machado, atual presidente da CMC e candidato pelo PS não pôde estar presente, de modo a que o substituto foi Carlos Cidade, o número dois da candidatura socialista.

Numa primeira ronda, os repórteres abordaram a questão da fixação dos jovens no concelho conimbricense e como se podia atrair investimento na cidade. Para a coligação Juntos Somos Coimbra, o problema está no atual executivo da CMC e José Manuel Silva acredita que há uma grande falta de investimento na cidade. Afirma ainda que “tem que se acelerar os processos na Câmara Municipal”. Já para a CDU, Francisco Queirós reforça que para atrair jovens “tem que haver habitação, uma melhoria dos transportes, e emprego com direitos e salários justos”.

Numa fase posterior, os candidatos debateram sobre a habitação onde Miguel Ângelo Marques realça que o preço por m² na cidade é demasiado elevado e que é necessário reduzir as taxas de construção onde existe pouco investimento na residência. Para a Iniciativa Liberal, Tiago Meireles defende uma maior segurança na baixa do município, e que é essencial ter uma baixa atrativa com cultura. Salienta que “temos que dar condições de vida e não focar só na habitação”.

O MetroBus foi o tema da terceira ronda de questões. Carlos Cidade certifica que o PS nunca irá parar a obra que está a decorrer do sistema de mobilidade do mondego e que “ninguém vai ser prejudicado desde Coimbra B até ao centro da cidade”, afirma. A coligação Coimbra é Capital é contra o plano MetroBus, mas Inês Tafula acredita que “é o melhor projeto neste momento para a cidade”. A candidata aborda a requalificação da zona ribeirinha sem ter que tirar as linhas ferroviárias.

Em relação à mobilidade, o candidato do CHEGA reforça a necessidade de o TGV passar em Coimbra, mas que para já existe uma “descoordenação total”. Miguel Ângelo Marques pede a colocação de mais carregadores elétricos nos parques de estacionamento e para substituírem os parquímetros pelos mesmos. Para o PAN, Filipe Reis solicita que “os SMTUC estejam fortemente ligados a Coimbra B” e admite que a reorganização das linhas dos autocarros é crucial.

Numa última ronda de perguntas, os candidatos foram questionados acerca do incentivo da cultura. O cabeça de lista da coligação Juntos Somos Coimbra pretende “reforçar o apoio económico à produção local da cultura” e revela que vai assumir a pasta das belas artes caso seja eleito. Jorge Gouveia Monteiro do movimento Cidadãos por Coimbra acredita que a candidatura a Capital Europeia da Cultura não é o objetivo em si, mas sim “uma ferramenta para elevar o bem estar cultural dos cidadãos”, reitera.

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