Cultura

Teatrão apresenta os próximos passos para “Inventar o Futuro”

Marília Lemos

OMT estabelece-se como a “sala de espetáculos mais acessível de Coimbra”. Na programação do próximo trimestre, destaca-se o ciclo de produções da região Centro do país. Por Marília Lemos

O Teatrão – Oficina Municipal de Teatro (OMT) apresenta a sua programação dos meses de setembro a dezembro. De acordo com Isabel Craveiro, presidente do Teatrão, este ano o início das atividades está a ser feito mais cedo do que o habitual, por conta do longo período de atrasos na programação resultante da pandemia. A abertura para o público arranca com o seminário Rede Artéria com o tema “Estratégias para inventar o futuro: o interior em análise no pós-pandemia” entre 2 e 3 de setembro e o espetáculo “A Noite da Lua de Sangue” de 2 a 11 do mesmo mês.

A reabertura do teatro acompanha as discussões do seminário com o tema “Inventar o Futuro”. Segundo Isabel Craveiro, a ideia surge da necessidade de “imprimir uma mudança aos tempos que trouxeram o medo real de não haver mais futuro”. Defende ainda que, “para modificar esta sensação é preciso não só decretar que se vai fazer alguma coisa diferente, mas de facto tomar decisões concretas”. 

Para esta nova fase do Teatrão, a presidente destaca aquilo que torna a OMT “a sala de espetáculos mais acessível de Coimbra”. Através do financiamento da DGArtes, o Teatrão adquiriu um equipamento de audiodescrição, que consiste em uma cabine móvel capaz de transmitir uma tradução do espetáculo, ao vivo, para pessoas cegas ou de baixa visão. O teatro também continua com as traduções para Língua Gestual Portuguesa feitas em parceria com a ESEC. 

Aliado a estas iniciativas está o projeto “A Meu Ver”, que retoma em setembro as suas sessões semanais de atividades de prática teatral com pessoas cegas e de baixa visão. Parte da iniciativa é um ciclo de seminários em conjunto com o município de Coimbra para discutir acessibilidade. 

A OMT acolhe também o ciclo de programação “Do centro”, protagonizado por estruturas profissionais residentes da região Centro. Com o intuito de “fortalecer a produção regional com uma rede de circulação e troca de experiências entre artistas”, o projeto vai contar com espetáculos até abril. Entre as ​​estruturas incluídas na programação estão a Companhia da Chanca, de Penela, Ritual de Domingo, de Viseu, a d’Orpheu, de Águeda, e a ACERT, de Tondela.

Ainda em 2021, o Teatrão comemora 20 anos de atividades pedagógicas com o regresso, no início de outubro, do projeto de formação regular em teatro desenvolvido ao longo do ano letivo escolar. As inscrições para as classes de teatro para todas as idades a partir dos seis anos são até o dia 24 de setembro.

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