Iniciativa reúne nomes como Irene Namorado, Isabel Duarte Reis e José Augusto Rocha. João Assunção destaca importância de informar comunidade conimbricense sobre este período. Por Julia Floriano
O dia 18 de maio deu início à exposição organizada pela Direção Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) sobre a crise académica de 1962. A iniciativa reúne fotografias, nomes dos principais envolvidos dispostos dentro de três celas e textos que explicam este período. Irene Namorado, Isabel Duarte Reis e Marcelo Correia Ribeiro são alguns dos nomes homenageados.
De acordo com o presidente da DG/AAC, João Assunção, a iniciativa tem por objetivo trazer conhecimento a toda a comunidade conimbricense sobre a crise. Acrescenta ainda a importância de relembrar os “valores da democracia, da liberdade e dos direitos fundamentais dos cidadãos”. João Assunção recorda que, em Coimbra, houve 44 estudantes expulsos do Ensino Superior, incluindo o antigo dirigente da Associação Académica de Coimbra (AAC) em 1962, José Augusto Rocha. Durante este período muitos estudantes foram presos e torturados.
A exposição é, segundo o presidente, “bastante informal” para que os visitantes “mesmo não conhecendo a história da AAC e esse período em particular, possam ficar com conhecimento generalizado do que aconteceu”. João Assunção ressalta ainda que a crise de 1962 “tem sido negligenciada ao longo das décadas”, em relação à de 1969 em Coimbra.
“As manifestações políticas da década de 1960 na academia de Coimbra são fundamentais para que hoje se possa ter um sistema democrático que salvaguarda os direitos de liberdade e garantia de todos os cidadãos no nosso país”, conclui o presidente da DG/AAC. A exposição é ao ar livre e vai ficar em frente ao edifício sede durante três semanas.
