Iniciativa integra conjunto de atividades da “Oficina dos Avós”. Teresa Sousa destaca a oportunidade dos beneficiários “partilharem o mesmo espaço, como se fossem avós e netos”. Por Julia Floriano
A Associação das Cozinhas Económicas Rainha Santa Isabel (ACERSI) retomou, no dia 10 de maio, as atividades do projeto “Oficina dos Avós”, que estiveram suspensas desde março de 2020. Para além dos ateliês de costura criativa “linha e agulhas”, de informática e internet e das aulas de ioga, também um novo projeto, em parceria com a Associação Académica de Coimbra (AAC) e Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCEUC), foi incorporado ao conjunto das atividades.
O projeto “Avós e Companhia” está ainda na “fase embrionária”, destaca a assistente social da ACERSI, Teresa Sousa. A iniciativa tem como objetivo proporcionar a “partilha de conhecimentos” entre a comunidade académica e os idosos. Segundo a assistente social, os estudantes vão ter a possibilidade de passar uma tarde ou até mesmo de morar com a pessoa idosa. Ressalta ainda que “não só os idosos estão saturados de viver sozinhos, mas também as pessoas mais jovens estão numa situação idêntica”.
O processo de seleção é articulado entre a AAC, com a função de angariar os estudantes, a ACERSI e a FPCEUC, que estão responsáveis por realizar uma avaliação “a nível social, económico e psicológico” dos estudantes e das pessoas idosas, explica Teresa Sousa. Dessa forma acrescenta que “traçam o perfil de cada um e veem quais são as compatibilidades para que a relação funcione bem em conjunto”.
Após a seleção dos perfis, a equipa vai promover um encontro entre os beneficiários do projeto “caso o estudante e a pessoa idosa manifestem interesse e a casa ofereça condições de habitabilidade”, sublinha Teresa Sousa. A iniciativa é destinada a toda a comunidade académica, aos utentes e às pessoas exteriores à ACERSI.
A assistente social ressalta a importância da iniciativa “retirar dividendos da companhia de uma pessoa de mais idade”. Conclui ainda a oportunidade de proporcionar aos beneficiários a “partilha do mesmo espaço, como se fossem avós e netos”.
