Ciência & Tecnologia

UC investe na construção de armazém automático do futuro

Fotografia cedida por Cristina Pinto

Iniciativa visa minimizar problemas da indústria automóvel. Coordenador do projeto declara que “a universidade tem 730 anos, mas renova esse passado e pensa no futuro”. Por Inês Rua.

A Universidade de Coimbra (UC) integra um consórcio, liderado pela empresa RARI (Construções Metálicas, Engenharia, Projetos e Soluções Industriais, S.A), que vai investir mais de 2,1 milhões de euros para a construção do armazém automático do futuro. A candidatura, apoiada pelo programa Compete 2020, conta ainda com a Universidade do Porto e as empresas Globaltronic, 4iTec Lusitânia SA, NOS Comunicações e NOS Technology.

O coordenador do projeto na UC, Norberto Pires, explica que a iniciativa partiu da necessidade de “ter um armazém que seja inteligente e robotizado, que alimente as linhas de produção de forma totalmente autónoma”.  Embora seja no âmbito da Iniciativa Clube de Fornecedores da empresa PSA, do setor automóvel, o projeto responde aos problemas da maioria das indústrias de produtos de grande consumo. 

Nas linhas de montagem das fábricas, é necessário que sejam entregues aos operadores peças essenciais para a tarefa que estejam a realizar. O investimento vai ser aplicado no desenvolvimento de um produto onde essa entrega deixe de ser feita de forma manual. Assim, as empresas mantêm-se mais competitivas porque, conforme esclarece o coordenador, “as máquinas não cometem erros comuns como os seres humanos e fazem tudo de forma mais ágil e rápida”.

Além da criação deste produto que minimiza problemas da indústria automóvel, esta iniciativa representa uma forma de mostrar que a UC cria impacto na sociedade, não só com ensino e investigação, mas também através da inovação. “Tem 730 anos e não quer deixar de ter, mas renova esse passado para a frente e é uma universidade com futuro”, declara Norberto Pires.

Pensado para integrar uma infraestrutura do tipo Indústria 4.0., o projeto vai ter a duração de 28 meses. O coordenador conclui que “dois anos e meio em tecnologia é muito tempo e as coisas que podem, devem e vão de certeza sofrer alterações durante este processo de execução”.

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