Iniciativa visa minimizar problemas da indústria automóvel. Coordenador do projeto declara que “a universidade tem 730 anos, mas renova esse passado e pensa no futuro”. Por Inês Rua.
A Universidade de Coimbra (UC) integra um consórcio, liderado pela empresa RARI (Construções Metálicas, Engenharia, Projetos e Soluções Industriais, S.A), que vai investir mais de 2,1 milhões de euros para a construção do armazém automático do futuro. A candidatura, apoiada pelo programa Compete 2020, conta ainda com a Universidade do Porto e as empresas Globaltronic, 4iTec Lusitânia SA, NOS Comunicações e NOS Technology.
O coordenador do projeto na UC, Norberto Pires, explica que a iniciativa partiu da necessidade de “ter um armazém que seja inteligente e robotizado, que alimente as linhas de produção de forma totalmente autónoma”. Embora seja no âmbito da Iniciativa Clube de Fornecedores da empresa PSA, do setor automóvel, o projeto responde aos problemas da maioria das indústrias de produtos de grande consumo.
Nas linhas de montagem das fábricas, é necessário que sejam entregues aos operadores peças essenciais para a tarefa que estejam a realizar. O investimento vai ser aplicado no desenvolvimento de um produto onde essa entrega deixe de ser feita de forma manual. Assim, as empresas mantêm-se mais competitivas porque, conforme esclarece o coordenador, “as máquinas não cometem erros comuns como os seres humanos e fazem tudo de forma mais ágil e rápida”.
Além da criação deste produto que minimiza problemas da indústria automóvel, esta iniciativa representa uma forma de mostrar que a UC cria impacto na sociedade, não só com ensino e investigação, mas também através da inovação. “Tem 730 anos e não quer deixar de ter, mas renova esse passado para a frente e é uma universidade com futuro”, declara Norberto Pires.
Pensado para integrar uma infraestrutura do tipo Indústria 4.0., o projeto vai ter a duração de 28 meses. O coordenador conclui que “dois anos e meio em tecnologia é muito tempo e as coisas que podem, devem e vão de certeza sofrer alterações durante este processo de execução”.
