Cultura

“Fluxo e Metamorfose” é “do que é feito uma coleção” pelo Centro de Arte Contemporânea de Coimbra

Mário Cesariny

Na segunda exposição apresentada pelo CACC o abstracionismo é “o grande núcleo” que une a coleção. Mário Cesariny, Peter Zimmermann e Helena Almeida são alguns dos artistas em exposição. Por Ana Rita Baptista e Marília Lemos

“Fluxo e Metamorfose” é o título da segunda exposição da trilogia “De que é feita uma coleção?” do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra (CACC). A exposição teve início hoje, dia 9 de abril, pelas 17 horas e vai estar aberta ao público até dia 20 de junho. As obras apresentadas pertencem à Coleção de Arte Contemporânea do Estado, que foi oferecida por 25 anos ao município de Coimbra. 

A exposição conta com obras artísticas como pinturas e fotografias, que se relacionam todas entre si “do ponto de vista conceptual e formal”, como explicou José Maçãs de Carvalho, curador no CACC e professor no Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra (UC). A primeira parte da trilogia de exposições foi apresentada a 4 de julho de 2020, intitulada “Corpo e Matéria”. “Fluxo e Metamorfose”, tema e título da segunda coleção, é representado por abstracionismo puro e geométrico. 

De acordo com José Maçãs de Carvalho, a exposição divide-se em três salas, “num percurso ascendente”. A primeira sala, composta por pinturas com cores muito intensas e tridimensionais, foi  “construída de forma impactante”, explica. Na segunda sala, “esta intensidade atenua-se, e é introduzido um abstracionismo de cores mais contidas e o abstracionismo geométrico”, continua. Já o terceiro piso, “é uma síntese de toda a exposição”, pois conta com obras de todas estas áreas, e termina com uma de Helena Almeida, a única em que há figuração.

Esta segunda exposição conta com obras de Peter Zimmermann, dos catalães Antoni Muntadas e Antoni Tàpies e do falecido artista português Fernando Calhau. Está presente também o pintor Jason Martin, que vive entre Londres e a Comporta, e vários outros artistas. O curador destaca ainda as obras em apresentação de Helena Almeida e as pinturas de Ilda David e Mário Cesariny. 

Segundo José Maçãs de Carvalho, “as expectativas do CACC mantêm-se altas apesar do contexto pandémico”. Para ele, isto deve-se ao facto do centro ter contado com “um número extraordinário de visitantes”- cerca de três mil entre julho e novembro. Relata ainda que considera “a localização do edifício essencial para que isto seja possível”, visto que está centralizado na cidade medieval.

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