Organização tem tido papel fundamental na integração de estudantes Erasmus na cidade de Coimbra. Rede de apoio aposta em projetos alternativos de integração. Por Joana Carvalho e Carolina Costa
Coimbra recebe todos os anos vários estudantes de mobilidade ao abrigo do programa Erasmus +. Numa altura em que receber estes alunos tem sido difícil, a Erasmus Student Network (ESN) de Coimbra tem tentado adaptar-se no desempenho da sua função de acolher e integrar. A presidente da organização, Beatriz Gonçalves, aponta a pandemia como um fator que “pesa muito” para o desenvolvimento de iniciativas, que se revela muitas vezes como um obstáculo.
Segundo Beatriz Gonçalves, a situação pandémica obrigou a ESN de Coimbra a investir em projetos adaptados face à situação atual. A dirigente destaca o programa ‘Buddy’ que consiste no “acompanhamento de estudantes internacionais por parte de estudantes locais que se inscrevem para os ajudarem”. O projeto tem em vista não só a orientação académica como também o acolhimento a nível pessoal dos estudantes Erasmus. A presidente da ESN de Coimbra realça a importância deste programa por garantir um acompanhamento mais próximo dos estudantes internacionais.
Também estão a ser dinamizadas algumas atividades online de modo a criar contacto entre novos alunos Erasmus e alunos locais. Porém, Beatriz Gonçalves afirma que devido ao último ano de aulas e atividades online existe um certo “cansaço” associado ao formato. Realça ainda que, com o país a desconfinar, o planeamento de iniciativas diferentes “tem sido difícil” devido ao receio que a progressão da pandemia provoca.
O sentimento captado pela ESN de Coimbra, de acordo com Beatriz Gonçalves, é de uma “frustração compreensível” que se traduziu num decréscimo de contactos por parte de estudantes de mobilidade. No entanto, a presidente frisa que existe muita vontade por parte dos estudantes Erasmus em aproveitar o máximo das suas experiências. Essa vontade é transversal aos voluntários, que, segundo a dirigente, mesmo com uma situação pandémica, se mantiveram “ativos e com a conexão que sempre houve”.
De acordo com Beatriz Gonçalves, no primeiro semestre foi possível realizar algumas atividades presenciais que visavam sobretudo o “dar a conhecer a cultura portuguesa e a cidade”. A dirigente reitera também que foram cumpridas todas as medidas de segurança e recomendações da Direção Geral de Saúde.
Quando se começou a registar um aumento dos casos, a presidente da ESN de Coimbra referiu que a organização tomou a iniciativa de cancelar qualquer atividade que pudesse ser um foco de contágio. A presidente sublinha, contudo, que a ESN continua disponível a cumprir com a sua função de “dar todos os recursos necessários para os alunos internacionais lidarem com a sua estadia na cidade”.
