Organizadores mostram-se dispostos a lutar pelo futuro, “sem qualquer intenção de ficarem parados”. Programa da iniciativa é livre e aberto a todas as questões dos estudantes. Por Andreia Júlio
O movimento “24 Março em Coimbra”, é uma iniciativa formada por estudantes de Coimbra que visa celebrar o Dia Nacional do Estudante. Esta data será assinalada com uma mesa-redonda onde se vão discutir os diferentes movimentos estudantis, as suas particularidades e os problemas atuais dos estudantes. Para além do debate, o grupo tem vindo a recolher testemunhos de alunos do ensino superior.
Neste dia comemora-se anualmente o Dia Nacional do Estudante e como tal um grupo de estudantes formou esta rede para marcar a data. De tal forma que decidiram aproveitar para fazer “um dia de luta”, como explica Matilde Ferreira, uma das colaboradoras da iniciativa. A estudante da Faculdade de Letras da Universadade de Coimbra assume que “só com luta e persistência é que se resolvem os problemas”.
A iniciativa online conta com um programa livre e aberto a todas as questões dos estudantes, dispondo da participação de convidados familiarizados com a reinvindicação estudantil. A colaboradora relata que os temas abordados incidem na “questão das propinas, da ação social escolar e do património histórico da UC e da Associação Académica de Coimbra nesta causa”.
No contexto pandémico atual, dificuldades como a questão da saúde mental são destaque nesta mesa-redonda, relata Matilde Ferreira com base no retorno que recebe dos estudantes. A questão das residências também vai ser abordada, visto que muitos estudantes “largaram as suas habitações”, e hoje em dia encontram-se sem casa.
Quando questionada acerca da adesão dos estudantes a esta iniciativa, Matilde Ferreira assume que , apesar de algumas dificuldades iniciais em chegar aos estudantes, têm conseguido juntar muitas pessoas. Segundo a mesma, estas pessoas “mostram-se dispostas a lutar pelo futuro, sem intenção de ficarem paradas”.
Criado com a finalidade de assinalar esta data, Matilde afirma que em princípio o projeto será para seguir em frente, uma vez que “os problemas dos estudantes não vão acabar no dia 24 de março”. Sublinha ainda a importância de se falar doas dificuldades e sentimentos de toda uma comunidade do ensino superior e de “uma crescente deterioração do ensino”.
