Anúncio feito na passada quinta-feira e galardão entregue durante a celebração do aniversário da UC. Reitor caracteriza Tolentino de Mendonça como “figura inquestionável no plano nacional e internacional”. Por Ana Rita Baptista
O Prémio Universidade de Coimbra (UC) 2021 foi entregue a José Tolentino de Mendonça hoje, dia 1 de março, como tinha sido anunciado pelo reitor da UC, Amílcar Falcão, no dia 25 de fevereiro. A premiação decorreu durante a sessão solene comemorativa dos 731 anos da universidade, à qual o cardeal compareceu através de videoconferência.
José Tolentino de Mendonça, cardeal, ensaísta, poeta e teólogo, nascido em Machico, na Madeira, é doutorado em Teologia Bíblica pela Universidade Católica Portuguesa. Desde 2018 é arquivista e bibliotecário da Santa Sé, foi elevado a cardeal pelo Papa Francisco em outubro de 2019 e enquanto poeta e ensaísta foi várias vezes premiado.
Para o reitor, Tolentino de Mendonça “trata-se de uma figura ímpar, uma pessoa da cultura, com uma visão social inclusiva”. Destacou-o também “pela figura inquestionável que é no plano nacional e internacional” e declarou que foi nomeado por unanimidade pelo júri.
O Prémio UC foi instituído em 2004 e conta com o patrocínio do Santander Universidades e o apoio do Global Media Group. Distingue-se a cada ano uma personalidade portuguesa que se tenha afirmado pela sua contribuição nas áreas da cultura ou da ciência. O galardoado deste ano vai receber os 25 mil euros de forma repartida, “sendo dez mil para o vencedor e 15 mil para uma bolsa de investigação, numa área escolhida pelo premiado”, explica Amílcar Falcão. O reitor acredita que a área de investigação a determinar pelo vencedor “vai ser uma área de resposta às necessidades da sociedade”.
Foi durante o início da cerimónia de comemoração do aniversário da UC que José Nascimento Costa, professor catedrático da Faculdade de Medicina da UC (FMUC), fez a apresentação do laureado. Para o professor da FMUC, Tolentino de Mendonça “seria classificado por Fernando Pessoa como poeta superior, porque diz o que pensa”. Acrescenta que ao ler os seus textos, poemas e ensaios “se interioriza com facilidade uma mensagem grandiosa, genuína e simples”.
