“É de fundamental importância que a discussão sobre a maternidade em Coimbra passe por ouvir as mulheres”, aponta Monalisa Barros. Evento dinamiza conversas destinadas aos profissionais de saúde e outra destinada às mulheres gestantes. Por Julia Floriano
O movimento Nascer em Coimbra organizado por uma vasta equipa, entre os quais Monalisa Barros, estudante de pós-doutoramento na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra uma das facilitadoras da 4ª Roda Virtual e do Círculo de Conversas, promove atividades de debate sobre temas relacionados com a maternidade e a segurança da mulher. No mês de março, nos dias 13 e 15, vai decorrer a 4ª Roda Virtual e o Círculo de Conversas com a presença de mulheres gestantes e parceiros, como também de profissionais de saúde.
A 4ª Roda Virtual, no dia 13 de março, é um evento que se realiza a cada quinze dias. Para Monalisa Barros, o “número de mulheres que têm comparecido” tem sido maior nos últimos encontros. A atividade é organizada segundo a “técnica comunitária integrativa”, a partir dos métodos da medicina da família e é destinada somente às mulheres gestantes e aos parceiros.
Neste encontro, as mulheres são convidadas a escolher um tema “que seja comum à maioria” e que traduza o que lhes causa preocupação, destaca a coorganizadora. O evento segue regras de silêncio e de respeito, bem como “o compromisso de falar apenas na primeira pessoa”, e destaca que “a roda não é um espaço de construção de consenso”, mas de “construir entre as mulheres a sororidade necessária para esse empoderamento surgir”, afirma.
O outro evento, Círculo de Conversas, no dia 15 de março, vai ser o primeiro encontro destinado aos profissionais de saúde. Segundo Monalisa Barros, a atividade coloca também em discussão o tema da humanização do parto, mas do ponto de vista desses especialistas. De acordo com a coorganizadora, pretende-se que “encontrem um espaço de construção de estratégias para que possam construir uma experiência positiva de parto para as mulheres” e para que seja uma experiência satisfatória para ambos os intervenientes.
Ambos os encontros pretendem orientar e possibilitar maior discussão acerca da humanização do parto para que haja uma “assistência centrada no cuidado da mulher”, refere Monalisa Barros. A coorganizadora reforça que “humanizar é ofertar à mulher assistência adequada, cientificamente respaldada, com segurança, mas sobretudo digna e respeitosa”, e acredita no potencial de “empoderamento pessoal e coletivo” para que “possa representar a força feminina”.
