Desporto

[II Liga] Académica vs Leixões – os estudantes, um a um

Fotografia gentilmente cedida por AAC/OAF @jcarvalho_photos

Bem abrigados da chuva, João Pimentel e Paulo Sérgio Santos observaram atentamente o treino de Nelson Évora na caixa de areia do Cidade de Coimbra, ou será que foi a Académica a empatar de novo? Já nem os jogadores têm a certeza do que veem, tanto que já passam a bola para onde não está ninguém.

Mika – 5

Há dias (muitos) para elogios e há dias (poucos, esperamos) para condenações. Ficou aquela dúvida saudável, pré-VAR, que alimentará as tertúlias virtuais futebolísticas, e a certeza de que, mesmo não sendo penálti, foi escusado.

Fabiano – 0

Há algo em que somos mesmo, mesmo bons: em ter azar. Gostávamos de ter alguma constância na lateral direita, por um pouco que fosse esta época. Só isso, um bocadinho de continuidade. No meio da tempestade de merda que atravessamos, nem é um pedido assim tão estranho. Carlos Brito dizia, no início do jogo, que a Académica, normalmente, ganha quando o Fabiano joga. Não somos de intrigas, mas o ex-futebolista ainda é capaz de ter tido mão nisto.

Rafael Vieira – 4

Já sabemos, parece o Casillas.

Bruno Teles – 4

Partiu um vidro no Alma, já perto do final do encontro.

Fotografia cedida por jcarvalho

Mike – 6

Neném Prancha (segundo a Wikipédia, Antonio Franco de Oliveira) foi um roupeiro, massagista, olheiro e técnico de futebol brasileiro. Ganhou a alcunha de O Filósofo do Futebol de Armando Nogueira, pelas suas frases plenas de significado profundo, como “futebol é muito simples: quem tem a bola ataca; quem não tem defende”. No fundo, a essência de todas as exibições de Mike.

Ricardo Dias – 4

Continuando com Neném Prancha, uma imensa fonte de aforismos, “futebol moderno é que nem pelada. Todo o mundo corre e ninguém sabe para onde”. Se ao menos o Ricardo corresse…

Guima – 4

O único que fez por replicar a castanhada dos jogadores do Leixões. Uma autêntica máquina debulhadora. Para além do Fernando Alexandre, a última que vimos deste género no Cidade de Coimbra foi aquele senhor que conduzia o carro-maca há uns anos. Contudo, fora o jeito para debulhar, pouco mais, muito pouco mais.

Fabinho – 4

Funciona a duas velocidades: parado e em descanso. Dirão os entendidos que terá uma excelente movimentação sem bola, que oferece soluções à equipa. As câmaras da SPORT TV não apanharam a primeira e ainda estamos para descobrir as segundas.

Traquina – 5

Não sei a quanto esteve hoje o índice de transmissibilidade de incapacidade futebolística no Calhabé. Mas, apesar de ter sido dos poucos inconformados, acabou também por se contagiar. Agasalha-te, João Miguel!

Rafael Furtado – 0

Pouco se viu, futebolisticamente falando, e quiçá pouco se voltará a ver no resto da época. Esperemos que não seja grave e que volte para aquecer o banco.

p.s. – depois da entrada do Dani, podia muito bem passar para terceiro na hierarquia mais do que rígida do Ruizito e do Nandinho, mas não nos cheira.

Sanca – 4

A finta do costume, os remates do costume e será jovem jogador do mês, uma vez mais. Por falta de concorrência, subentenda-se. E fica também a certeza que o João Mário deve ter aprontado das boas para ter perdido a titularidade.

Fábio Vianna – 4

Alguém descubra quem foi a Dalila de Fábio, que sem os caracóis nunca mais foi o mesmo.

Fotografia cedida por jcarvalho

João Mário – 6

Alteração forçada, mas ainda bem, pelos vistos. Cheio de oportunidade a meias com uma atuação mirabolante do (não menos mirabolante) guarda-redes sérvio do Leixões, Igor Stefanović.

Filipe Chaby – 2

Ficamos sempre à espera de mais de mais.

Dani – 3

Apesar do pouco tempo em campo, procurou fazê-lo render. Só não começa de início no próximo jogo, porque o Mohammed deve voltar (inserir expressão de regozijo religioso).

Mimito Biai –  0

O costume: uma velocidade cruzeiro muito baixa e uma capacidade de descobrir companheiros de equipa onde eles não estão, nem vão estar, passando mesmo assim a bola. À frente falar-vos-emos de rigidez hierárquica, e este é outro dos bons (ou maus, consoante a abordagem à coisa) exemplos.

Rui Borges / Fernando Alexandre – 5

A nossa dupla maravilha, responsável por não chegarmos a janeiro já acabrunhados, não esteve tão deslumbrante como de costume. Por um lado, respeito pela manutenção, tanto quanto castigos e lesões permitem, de um onze, ao contrário de muitos colegas de profissão, que devem fazer um sorteio com rifas antes de cada jogo. Por outro, a rigidez da hierarquia dos jogadores. Quando jogávamos o antigo CM 2 97/98, também tínhamos uma superstição dessas, inclusivamente de não mexer no onze. Mas, Ruizito e Nandinho, isto é a vida real. Ponham lá o nosso estudante de Arquitetura à frente do Furtado, sim?

Arquitetos/Engenheiros -10 Na cidade dos doutores e dos engenheiros, é de uma criatividade incomparável conceber uma caixa de areia no meio do relvado, no âmbito das ansiadas obras de requalificação da pista de atletismo do Cidade de Coimbra. Quando pouco futebol se joga, algo não tão raro assim, que se pratique salto em comprimento ou triplo salto. Pareceu-nos ver, logo na primeira parte, algumas tentativas de atingir os mínimos para os Jogos Olímpicos.

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