Eleições no Conselho Geral dia 10 de dezembro chamam alunos para elegerem representantes. Apontada falta de dinamismo e mau funcionamento do órgão. Por João Gamelas e Lara Ximenes
As urnas vão estar abertas entre as 9 e as 19 horas no próximo dia dez de dezembro. A comunidade estudantil elege, assim, cinco dos 35 membros do Conselho Geral (CG) entre os quais quatro representantes dos alunos do primeiro e segundo ciclos bem como um elemento dos estudantes do terceiro ciclo.
Ana Rita Querido, atual estudante conselheira da Universidade de Coimbra (UC) ressalta a importância do órgão já que algumas das suas funções são “questionar o reitor sobre as suas decisões, definir a propina, aprovar e monitorizar o plano estratégico da universidade”.
O facto de os estudantes no Conselho Geral terem mandatos mais curtos que os docentes dificulta o trabalho e leva a que as pessoas sejam “muito resistentes a qualquer mudança proposta”. Estes problemas aliados a um parco número de reuniões anuais culminam num CG lento pelo qual “não se pode esperar para trabalhar e para tomar decisões” comenta Ana Rita Querido.
Questionada sobre as dificuldades enfrentadas durante a pandemia, Ana Rita Querido confessa ser da opinião que a UC “reagiu muito bem”. Contudo, afirma ter tentado resolver sempre as questões “diretamente com a equipa reitoral e não passar pelo CG”. No seu entender seria apenas “mais um pedido de reunião que não valia a pena”.
A estudante conselheira afirma que “não só os estudantes como vários docentes reconheceram que o órgão não estava a ser eficaz”. Nesse âmbito, Ana Rita Querido diz ter proposto a “substituição de membros externos aquando da sua ausência não justificada”, uma vez que “um órgão tão pequeno não se pode dar ao luxo de ter pessoas que faltam”.
Apesar de lamentar a fraca representação dos estudantes no CG, Ana Rita Querido faz um balanço positivo do mandato. No seu entender, os estudantes conselheiros mantiveram-se abertos à comunidade estudantil e nota progresso em várias matérias. Dá, no entanto, ênfase à necessidade de uma colaboração por parte dos discentes com o órgão e a continuação do debate em mandatos futuros dado que “o trabalho não acaba e quem vem a seguir tem que reforçá-lo”.
