Ensino Superior

Luís Coimbra é candidato pela Lista D ao Conselho Geral

Fotografia cedida por Luís Saraiva Silva

Doutorando pretende criar bolsas com fundos próprios da UC. Alerta ainda para a falta de condições dos estudantes de terceiro ciclo. Por Jéssica Terceiro e Francisco Martins

É numa lógica de “continuidade” que Luís Coimbra se apresenta como candidato ao Conselho Geral da Universidade de Coimbra (UC), em representação dos estudantes de doutoramento. A concorrer pela Lista D – Juntos(as) pelos(as) Doutorandos(as) nas eleições do próximo dia 10 de dezembro, o atual conselheiro geral admite que a pandemia impediu a concretização de medidas que espera agora ver efetivadas. 

Apesar de considerar que “a missão de defender os estudantes de doutoramento foi cumprida” no mandato anterior, reconhece que ainda há trabalho a fazer. “Graças à Covid-19, houve muita coisa que se deixou de fazer”, esclarece o candidato.

O principal objetivo da candidatura, que conta com o apoio do Núcleo de Estudantes de Doutoramento da UC, passa pela redução da propina, pois considera que “toda a gente deve ter o seu doutoramento financiado”. Este financiamento não deve ser influenciado pela condição social do doutorando e é neste sentido que Luís Coimbra propõe a criação de bolsas da UC. “Já que a Fundação para a Ciência e Tecnologia e outras entidades não dão ajudas suficientes, a própria universidade deve ter uma reserva de bolsas de doutoramento financiadas por fundos próprios”, acrescenta.

Para compensar os efeitos nocivos que a pandemia teve na investigação, a Lista D propõe o adiamento da entrega de teses para quem estava matriculado no ano 2019/2020. Outro dos problemas causados pelo coronavírus foi o grande número de solicitações de ajuda relacionados com esta crise. Assim, a medida de monitorização dos pedidos relacionados com a Covid-19, que a lista defende, visa resolvê-los “da maneira mais célere possível”.

Ao nível da valorização do doutorando, Luís Coimbra admite que, para lá da formação científica, a UC deve “promover uma qualidade de vida de alto nível e excelentes condições de trabalho”. Ainda assim, revela que “há muitos alunos de doutoramento que nem sequer têm um gabinete ou uma sala onde possam fazer a sua tese”.

Outra das medidas a implementar passa pelo fortalecimento da comunidade UC. Nessa lógica, a lista destaca a necessidade da flexibilização do percurso escolar nos cursos de doutoramento. Deste modo, torna-se possível “um percurso individual, em que o aluno de doutoramento escolha as suas próprias disciplinas e que faça cadeiras transversais”, elucida o candidato.

Luís Coimbra mostra-se satisfeito com o mandato de Amílcar Falcão. O líder da Lista D realça “a boa aposta na investigação” e o facto de “ouvir os estudantes”. Destaca também o apoio do Reitor às escolas doutorais, que também é uma das suas bandeiras, embora ainda falte saber como se vai processar a ligação às mesmas.

“A grande mais-valia da Lista D é a experiência e o contacto com a comunidade dos doutorandos”, destaca. Mostra-se também aberto à colaboração com os outros estudantes do primeiro e segundo ciclos.

Na candidatura, existe a preocupação de integrar os estudantes na cidade de Coimbra. “Essa integração passa muito por uma filosofia ligada à cultura e ao desporto”, sem descurar a saúde mental. Estas medidas têm como objetivo “que as pessoas tenham uma boa qualidade de vida”.

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