Desporto

[II Liga] Académica vs Covilhã – os estudantes, um a um

Cátia Beato

As vitórias têm sido um hábito, mas talvez isso mude quando acabarem certos empréstimos. Para quem segue as últimas tendências, João Pimentel e Paulo Sérgio Santos recomendam o uso de kispo. O futuro é incerto, mas ao menos sabe-se que, lá no alto, podemos ver o fim de ano. 

Mika – 6

Os livros de História da Grécia Antiga falam de Michaelos Simonis Dominguesteles, matemático responsável pelas medidas de uma forma geométrica hoje conhecida como baliza de futebol. Os cálculos eram tão precisos que, reza a lenda, Michaelos (Mika, para os amigos), nem precisava de se mexer em remates perigosos, porque sabia sempre que não iam à baliza. Contudo, acabava sempre traído pelos seus assistentes.

Fabiano – 7

Caro Pedro Roxo e demais responsáveis pelo futebol da Académica, o nosso obrigado por, finalmente, andarem a acertar nos empréstimos. Só é pena, mesmo, é serem empréstimos. Se alguém, no final da época, vir uma notícia de um rapto de um lateral direito de 21 anos, não estranhe – é só a boa hospitalidade conimbricense a fazer com que Fabiano fique mais 365 dias por cá.

Silvério/Rafael Vieira – 5

As duplas de centrais da Académica, pós João Real, são similares àqueles planos de tv+net+voz que temos em casa. São suficientes à primeira vista, mas depois começamos a reparar que não dão para muito mais, como ter sinal de wi-fi em todo o lado. Somos a defesa menos batida da liga com um nome estranho, talvez paguemos é demais por apenas isso.

Bruno Teles – 6

Uma assistência e a certeza de que esteve abaixo do Fabiano, mas acima, e não era difícil, dos outros dois.

Ricardo Dias – 5

Foi acometido por um problema médico comummente designado por ineficácia transversal, síndrome que designa a falta de qualidade de colegas de setor e que acaba por afetar o nível de trabalho do indivíduo. Nada que uma sopa quente e um meio campo com o Reko e o Chaby não resolva. Ou o Fernando Alexandre, se se vir livre do kispo.

Mimito – 3

Teve o prémio de consolação da partida ao poder estar em campo (leia-se arrastar-se) até aos 88 minutos. Reko, se ainda nos leres, manda-nos uma mensagem privada no Facebook, que estamos com saudades tuas.

Fabinho – 3

Será que não se enganaram e trocaram os números do Bouldini pelos do Fabinho? É que continuamos sem ver peva do médio, mas o avançado não para de marcar golos e surpreender-nos com as suas exibições.

Traquina – 8

Hoje sim, Traquina foi um Marinho em ponto grande. Piadas sobre alturas à parte, o nosso 20 foi de sonho e teve direito ao eufemismo do ano, quando enfiou uma rosca na bola, que o comentador da SPORT TV caracterizou como desvio para o segundo golo da Briosa. Desvio o tanas, mas não deixa de ser o melhor em campo.

Só não levas melhor pontuação porque é chato humilhar daquela maneira um colega de profissão. Que maldade.

Cátia Beato

Bouldini – 7

Pode fazer lembrar um goleador maliano da Primeira Divisão. Mas para melhor. O que nós esperamos, no mínimo, é que não seja um Djoussé cadente.

Sanca – 5

Dão-se alvíssaras a quem encontrar o Sanca do jogo com o Varzim.

João Mário – 5

Fez mais em 18 minutos, mais o tempo de compensação, do que o Sanca em 72.

Guima – 3

Guima, Guima, Guima, Guima, Guima, Guima, Guima, Guima, Guima… Não. Por mais vezes que escrevamos ou digamos o nome dele, não sai nada. Teria sido, contudo, melhor que o Mimito. Ou o Fabinho.

Rafael Furtado – 0

Grande Rafael, pá! É grande, o gajo.

Filipe Chaby – 0

Ficar no banco e só entrar no fim para o lugar de quem se andou a arrastar é, pelo menos e na nossa modesta opinião, gozar com quem trabalha.

Rui Borges / Fernando Alexandre – 7

Se alguém apostasse nesta dupla maravilha no início da época seria apelidado, no mínimo, de louco. O que é certo é que o bólide estudantil lá vai fazendo a sua corrida, fiável, dando inclusive uns toques de F1, e tudo graças a Rui Borges e o seu fiel escudeiro. Que hoje nos desiludiu. Ó Nando, que casaco era aquele? Um tipo à espera da tendência para a próxima semana e sai um kispo?

Vítor Oliveira -10

Esta não é a típica avaliação humorística que costumamos fazer neste espaço. Fica difícil escrever algo sobre alguém que já não está entre nós. Sobretudo sobre uma pessoa que representava o que de melhor há no futebol. Fica a memória de um homem íntegro e fiel aos seus princípios. Dizia o que lhe vinha na alma, sem quaisquer preocupações. Infelizmente, talvez seja por isso que não tenha chegado a um patamar superior. Uma coisa é certa, não foi por falta de qualidade.

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