COQF anunciou que evento académico não se vai realizar. “Tivemos de assumir a responsabilidade e não ir contra medidas governamentais”, afirma o secretário-geral. Por Francisco Barata e Cátia Beato
A Queima das Fitas 2020, que estava agendada para este mês de outubro foi cancelada ontem, dia 18. Nas redes sociais, a Comissão Organizadora da Queima das Fitas (COQF) oficializou a todos os estudantes que o evento, adiado em março, não se vai realizar.
O secretário-geral da Queima das Fitas, Leandro Marques, esclarece que desde março se têm feito esforços para atingir um “molde de festa” que fosse possível concretizar. Porém, confessa que foram as declarações do primeiro-ministro, António Costa, no dia 14 de outubro, que fizeram a Comissão Organizadora tomar a decisão de cancelar a festa académica. “Tivemos de assumir a responsabilidade e não ir contra medidas governamentais”, o que “poderia resultar em consequências negativas para a academia e para os estudantes”, reflete o secretário-geral.
Sem oposição por parte dos outros elementos da COQF, Leandro Marques admite que não houve alternativa a cancelar o evento. “Tivemos de acatar com as deliberações do governo numa altura em que é tudo incerto”, esclarece o secretário-geral.
O dirigente refere que tem dialogado com o Conselho Cultural e com a Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra, de forma a substituir o Sarau Académico para uma alternativa não presencial. Além disso, comunica com o Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra – Magnum Concilium Veteranorum de modo a organizar um evento que simbolize “a subida de hierarquia praxística dos estudantes”.
Quando questionado sobre o que espera do próximo ano, Leandro Marques não faz antevisões. O secretário-geral espera que em 2021 “tenhamos melhores novidades e que se possa prosseguir o caminho da Queima das Fitas”. Em conclusão, lança o desejo para que em maio seja possível, tanto caloiros como finalistas, terem a sua festa e que “possamos estar todos juntos na QF”.
