Falta de garantia de distanciamento social apontado como principal motivo para a sua não realização. DG/AAC cria fundo de emergência para ajudar estruturas da casa em dificuldades pela quebra de financiamento. Por Maria Monteiro
O cancelamento de um dos momentos mais importantes da Queima das Fitas foi decidido em conjunto pela Comissão Organizadora da Queima das Fitas (COQF) e pela Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), e anunciado no dia 2 de agosto. O presidente da DG/AAC, Daniel Azenha, explica que “o cortejo é irrealizável pela falta de possibilidade de medidas de segurança”.
Ao contrário da viabilidade de concretização de momentos como a Serenata Simbólica e a Benção das Pastas, “não é possível fazer um cortejo à distância”, elucida o secretário-geral da COQF, Leandro Marques. “A queima das fitas tem um peso cultural grande na cidade e na academia de Coimbra e queremos ser capazes de oferecer essa cultura com o devido cuidado”, clarifica o presidente da DG/AAC.
A pensar nas consequências financeiras que o cancelamento do Cortejo traz às estruturas da AAC, foi criado um fundo de emergência para suportar os núcleos, secções desportivas e culturais. Daniel Azenha informa que para além dessas preocupações, a responsabilidade da DG/AAC é também o pagamento do salário aos funcionários, de dívidas e de despesas de funcionamento da casa”.
“Ao contrário do que se acredita, a Queima das Fitas ainda não está cancelada”, clarifica Leandro Marques. Dar a possibilidade aos estudantes que se inscreveram no Cortejo este ano de ir no próximo ano e iniciar a adequação do programa de atividades para a realidade atual são as soluções pensadas pela COQF para o momento solene não ser perdido pela realidade pandémica.
O cortejo, bem como as restantes atividades da Queima das Fitas 2020 já tinham sido adiadas para outubro. A decisão foi tomada pela AAC e pelo Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra – Magnum Consilium Veteranorum -, em março, devido à pandemia criada pela Covid-19.
