Ensino Superior

Verba da Reitoria da UC vai ser usada para “garantir a sustentabilidade da casa”

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Daniel Azenha procura equilíbrio entre estabilidade, não falhar com a palavra e não criar problemas à AAC para o futuro. Maior preocupação de dirigente são os funcionários da casa. Por Bruno Oliveira

A Universidade de Coimbra (UC) comunicou hoje, dia 1 de abril, que tinha assinado um contrato programa com a Associação Académica de Coimbra (AAC). Acordo esse que prevê o apoio, no valor de 240 mil euros, da UC à AAC. Parte da verba será transferida ainda este semestre, mas 40 mil euros estão destinados à segunda metade de 2020.

O comunicado da UC começa por dizer que “num ano atípico, com várias atividades em risco de não se realizarem, a UC vai apoiar a AAC com 240 mil euros”. Por parte da Direção-Geral da AAC (DG/AAC), o presidente da mesma, Daniel Azenha, explica que “este apoio por parte da UC é anual”. Em 2019, este mesmo acordo rondou os 260 mil euros. 

A DG/AAC prevê, nos próximos três meses, perdas de largos milhares de euros. “Em conversa com o reitor da UC, Amílcar Falcão, expliquei a situação financeira da casa, e fizemos a assinatura deste contrato que já estava contemplado”, revela o presidente da DG/AAC. O acordo não sofreu nenhuma alteração devido ao estado de emergência. Ainda que este seja um contrato que está garantido “desde o início do mandato e não só a partir do mês de abril”, explica Daniel Azenha, este financiamento vai ter como principal objetivo “garantir a sustentabilidade da casa” neste período de baixa atividade.

Esta verba, por norma, visa apoiar as atividades de caráter cívico, cultural e desportivo da AAC. Por força da situação que o país e o mundo atravessam, a AAC não vai realizar (pelo menos este semestre) grande parte das atividades planeadas. Apesar do constrangimento, a UC mantém o seu apoio financeiro, sendo que, estatutariamente, é esse o seu papel.

Daniel Azenha esclarece que “este apoio vai ser também para que a AAC tenha alguma atividade, e, ao mesmo tempo, que não falhe com as obrigações financeiras”. O dirigente associativo confessa que a sua maior preocupação é garantir a estabilidade dos funcionários da AAC. Garante que ninguém será despedido e que os salários serão pagos na totalidade “pelo menos durante os próximos dois meses”.

Daniel Azenha revela ainda que está a par das dificuldades dos núcleos e secções, que também enfrentam problemas financeiros nesta altura: “Este fundo é canalizado para a DG/AAC, obviamente como apoio às secções também”, comenta. A DG/AAC está ainda a tentar reduzir despesas renegociando contratos. Daniel Azenha reconhece que é difícil conseguir um “equilíbrio entre estabilidade, não falhar com a nossa palavra e, por outro lado, não criar problemas à AAC para o futuro”. 

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