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EDP e Smart Energy Lab impulsionam cruzamento entre Universidades e Empresas

Motivado pelo problema do aquecimento global, projeto, procura encontrar soluções e comercializá-las. Os objetivos passam por encontrar ideias e projetos abandonados nas Universidades. Por Bruno Oliveira

O XIII Encontro da Iniciativa Energia para a Sustentabilidade aconteceu hoje, dia 12, no Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico para a Construção, Energia, Ambiente e Sustentabilidade. A intenção deste encontro é promover a reunião entre estudantes e empresas. É também este o objetivo do ‘Smart Energy Lab’(SEL), projeto da EDP, apresentado esta tarde pelo diretor do projeto, Filipe Santos, à Universidade de Coimbra (UC).

O SEL é um laboratório colaborativo (CoLab) entre Universidades e empresas. Procura inovação e transferência de conhecimentos entre ambos, algo que já é feito em países como a Alemanha e o Reino Unido, lembrou Filipe Santos. O orador começou por recordar também a necessidade de projetos como este, “abater as emissões de CO2”. O início do seu discurso pautou-se por palavras assertivas em relação ao tema: “Temos um problema civilizacional pela frente” ou “é preciso agir porque é possível reduzir as emissões” são alguns exemplos.

Os problemas para esta redução acontecer são vários e transversais a todos os países, sejam eles financeiros ou a natural aversão à mudança por parte do ser humano. Ainda assim, é possível tomar medidas sublinha Filipe Santos. De acordo com o orador têm de haver os incentivos certos para o investimento ser feito e para a mudança acontecer. Assim aparece este ‘CoLab’ que é o SEL, para produzir aquilo que melhor se faz na universidade, e não ficar apenas pela teoria.

Embora haja proteção de capital este projeto não funciona como uma empresa comercial, aquilo que é produzido pode ser vendido a um concorrente. A ideia é identificar um problema, resolvê-lo e através dos meios da EDP e dos seus clientes testar o protótipo no terreno. O diretor do projeto faz questão de relembrar que o produto tem de ter um impacto positivo no ambiente.

Este projeto coloca dois desafios às universidades. O primeiro é uma análise áquilo a que o orador chamou de “cemitério de ideias”. Todas as universidades tiveram projetos que mereciam ser levados mais longe, o objetivo passa por uma análise a esses projetos e uma seleção daqueles que revelam potencial a serem desenvolvidos. O segundo passa pela seleção de colaboradores, “vamos procurar pessoas dispostas a ter esta aventura” frisou Filipe Santos. O objetivo é criar uma atmosfera diferente do mundo comercial, onde o lucro vem primeiro.

Este pré-lançamento fica marcado também por um debate sobre a importância da multidisciplinaridade na resolução de problemas desta ordem. De acordo com o diretor do projeto o papel das universidades nesta pluralidade tem que ser central.

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