Medidas restringem quantidade de visitantes por doente a uma pessoa. Alterações estão relacionadas com período da gripe sazonal e disseminação da COVID-19. Por Gabriel Rezende
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) anunciou ontem, em comunicado de imprensa, a alteração dos horários de visita e das portas de entrada de visitantes. São afetados tanto os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) como as Maternidades Bissaya Barreto e Daniel de Matos, o Hospital Pediátrico e o Hospital Sobral Cid.
O novo período de visitas passa, então, a ser entre, no começo da tarde, as 15 e as 16 horas e, no fim do dia, entre as 19 e as 19h30. Segundo o comunicado, a alteração foi posta em vigor devido ao período da gripe sazonal e ao novo surto de coronavírus iniciado na China, causador da COVID-19.
Nos polos dos HUC, e das Maternidades Daniel de Matos e Bissaya Barreto, a entrada de visitantes passa a ser feita exclusivamente pela entrada principal. Já no Hospital Pediátrico, o acesso é feito pela consulta externa. Em todos os sítios, é necessário que os visitantes ou acompanhantes de referência levantem um cartão de visita no posto de receção da unidade. No Hospital Sobral Cid, o controlo de visitas é feito em cada pavilhão, enquanto nos HUC junto à cada enfermaria.
Segundo Margarida Beato Prata, médica infeciologista do CHUC, esta regulamentação é parte de um “vasto conjunto de medidas que visa melhorar a qualidade dos cuidados de saúde prestados”. A infeciologista explica que o período de inverno é o mais suscetível à circulação “de alguns agentes infeciosos, como o vírus da gripe sazonal e outros vírus respiratórios”.
A médica do CHUC refere que, apesar de a COVID-19 ainda não ter sido identificada em Portugal, a unidade hospitalar não a poderia ignorar. Quanto aos métodos de prevenção, Margarida Beato Prata adianta que não são diferentes das recomendações para os períodos da gripe sazonal. “Recomenda-se a higiene das mãos sempre à entrada e à saída do hospital, e durante a permanência, sempre que entender necessário”, acrescenta.
Para tal, há dispensadores de solução antissética de base alcoólica em espalhados pelo CHUC e também pelas enfermarias. Margarida Beato Prata também elenca outras medidas de prevenção, tal como “tapar o nariz e boca, com um lenço de papel ou com o braço, sempre que espirrar ou tossir, não devendo usar as mãos, descartar o lenço de papel no lixo e higienizar as mãos”.
Para além disso, a especialista atesta que é necessário que “as pessoas devem abster-se de visitar outras se se sentirem doentes” ou tiverem febre, tosse com expectoração, vómitos ou diarreia. “É necessário que a comunidade interiorize que o hospital é um local onde os doentes devem estar o mais resguardados possível”, considera. Se existirem dúvidas, devem questionar os profissionais de saúde.
Com Tomás Barros
