Ensino Superior

Cantinas Amarelas e Propinas foram temas centrais na Tomada de Posse do Corpo Gerente da DG/AAC

Bruno Oliveira

Leonardo Fernandes assume como objetivo “dar à Assembleia Magna a importância que outrora teve”. Daniel Azenha garante que ele e a sua equipa vão fazer o melhor que está ao seu alcance, pois “o ano que se avizinha não vai ser fácil”. Por Bruno Oliveira e Jade Sanglard

A tomada de posse da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) e da Mesa da Assembleia Magna (MAM/AAC) decorreu ontem, dia 16, pelas 18 horas no Auditório Principal do Edifício Central do Polo II. O evento contou com a participação de João Bento, ex-presidente da MAM/AAC, do atual, Leonardo Fernandes, e do presidente reeleito da DG/AAC, Daniel Azenha. O reitor da Universidade de Coimbra (UC), Amílcar Falcão, também marcou presença e discursou sobre a AAC e os mandatos que se iniciam. 

João Bento, ex-presidente da MAM/AAC, iniciou a cerimónia ao lembrar que o seu mandato assistiu a um aumento da participação dos alunos nas Assembleias Magnas. “Leonardo, quero que sejas melhor do que eu”, expressou assim João Bento o que espera do mandato que agora começa. Concluiu a sua intervenção a manifestar o desejo de “que o símbolo que se leva ao peito seja de facto de todos”, e lançou ainda um desafio à AAC: “não deixem que os vossos objetivos sejam em vão”.

Leonardo Fernandes, no seu primeiro discurso como presidente da MAM/AAC, começou por dizer que assumiu “um dos cargos mais desafiantes” da sua vida. Em nome da sua equipa, reiterou que se comprometem “a honrar a casa e a sua história”. Acrescentou querer “voltar a dar à AM a importância que outrora teve” com uma “vontade inabalável de trabalhar numa Académica melhor” através de um papel ativo nas tomadas de decisão.

Depois de todos os membros da nova DG/AAC passarem pelo pódio para assumirem as suas funções, chegou a vez de Daniel Azenha, que, a convite do novo presidente da AM, discursou para o auditório. A seguir a um forte aplauso da plateia, o presidente da DG/AAC fez uma retrospetiva do mandato que passou e refletiu acerca do que se vai iniciar.

 “A AAC é a casa dos estudantes” e o “rosto da luta pela mudança” foram algumas das afirmações que marcaram a intervenção de Daniel Azenha. De seguida nomeou alguns compromissos assumidos pela DG/AAC 2019, entre eles, a “reformulação do processo eleitoral”. Objetivo que, segundo o mesmo, foi alcançado. O presidente da DG/AAC também agradeceu a Diogo Vale da Lista R e teceu elogios à sua campanha. No entanto, sublinhou que o seu trabalho “foi reconhecido pelos estudantes nestas eleições”.

Daniel Azenha ainda relembrou que o aniversário dos 50 anos da crise académica “marcou o mandato”. “Honramos os colegas da Crise de 69”, declarou. Acerca do ano que está pela frente, o presidente da DG/AAC salientou alguns dos seus objetivos: “a propina continua a ser o maior entrave à entrada de alunos na universidade” e “não será esquecida enquanto não desaparecer”.

Acrescentou também que, como a propina, as “cantinas amarelas não estão esquecidas”. Sobre cultura e desporto na AAC o dirigente reafirmou que ambos são “pilares desta casa”. Antes do fim do seu discurso, o presidente da DG/AAC alertou os estudantes que “o ano que se avizinha não vai ser fácil”, mas garantiu que ele e a sua equipa vão fazer o seu melhor. “Viva a AAC” foram as últimas palavras do presidente, que se emocionou ao despedir-se dos membros da sua equipa que não renovaram funções.

Amílcar Falcão encerrou a cerimónia com um discurso marcado pela boa disposição: “Tchau Daniel, bem-vindo Azenha”. O reitor da UC fez questão de sublinhar a boa relação que mantém com o atual presidente da DG/AAC. “Se não há uma união de esforços entre a universidade e os estudantes, estamos mal”, reconheceu Amílcar Falcão. “Estamos envolvidos em muitos projetos comuns, e quando o Daniel for lutar pela diminuição da propina, eu vou estar com ele”, expôs o reitor da UC.

Na intervenção de Amílcar Falcão houve espaço para alguns esclarecimentos sobre temas que são do interesse dos estudantes. Sobre a Cantina Amarela, o reitor confirma que vão ser “inauguradas em janeiro e vão ter prato social”. Remata que a UC “quer e vai ser a primeira a obter neutralidade carbónica”.

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