Ensino Superior

Tomada da Bastilha celebra 99 anos

Hugo Guímaro

Estudantes recriam cortejo que festeja a conquista da primeira sede da AAC. Presidente da DG/AAC reivindica por melhores condições no Ensino Superior. Por Hugo Guímaro e Mariana Rosa

Durante a madrugada de 24 para 25 de novembro do ano de 1920, um conjunto de estudantes descontentes com as condições precárias do antigo Colégio de São Paulo Eremita, onde estavam instalados, decidiram revoltar-se. Tomaram, então, de assalto o clube dos mestres da Universidade, o “Clube dos Lentes”, situado no piso superior do mesmo edifício e com melhores condições. Sem grande esforço, conseguiram apoderar-se do espaço e fazer daí a primeira sede da Associação Académica de Coimbra (AAC).

Ao mesmo tempo, o grupo de estudantes, invadiu a Torre da Universidade de Coimbra (UC), onde fizeram soar os sinos para assinalar o triunfo, além do lançamento de uma girândola de 101 tiros da varanda do “Clube dos Lentes”, tornado naquele momento sede da AAC. Nesse mesmo dia, realizou-se um cortejo Académico da Alta até à Baixa da cidade, festejando a conquista de um espaço para os estudantes poderem realizar as suas atividades.

Desde então, a “Tomada da Bastilha” é celebrada num cortejo solene, onde participam desde estudantes a toda a comunidade. Este tem como objetivo recriar o cortejo que se realizou pelos estudantes da altura e que tem como fim a atual sede da AAC. Nos dias de hoje, o mesmo é organizada pela Direção-Geral da AAC em conjunto com a UC.

Pela meia noite de domingo, alguns estudantes subiram à Torre da UC e fizeram soar o sino da Cabra de forma simbólica e dando início ao cortejo. Debaixo de chuva miúda e iluminados por tochas, estudantes de capa e batina caminharam desde a Porta Férrea, passaram pela Sé Velha, em direção à AAC. 

“Se há 99 anos lutaram por nós, cabe-nos lutar pelo futuro”, proferiu o Presidente da DG/AAC, Daniel Azenha, da varanda do edifício. O dirigente finalizou ainda com algumas palavras de reivindicação por melhores condições no Ensino Superior.

Fotografias: Hugo Guímaro

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