Música, emoção e tradição portuguesa abriram o Festival Internacional de Tunas da FAN-Farra Académica de Coimbra. Tunas estrangeiras animaram a noite com ritmo diferente. Por Juliana Ribeiro
As quatro tunas concorrentes do V TROVADOR – Festival Internacional de Tunas da FAN-Farra Académica de Coimbra e os grupos convidados lotaram o Centro Cultural Dom Dinis nesta noite de sexta-feira, que abre o festival. Apesar de um atraso de trinta minutos, o público diverso não abandonou o espaço.
Acatella, grupo de fado de Coimbra, dá início à noite, sendo seguido pela Tuna de Medicina de La Laguna, que caminhou com animação para o palco improvisado, acompanhada de palmas do público. Animados e bem-humorados, o grupo de espanhóis ganhou facilmente a atenção das pessoas presentes. “Marta”, segunda canção cantada pela tuna, foi mais lenta e dedicada ao público, mas principalmente à família dos membros.
Em seguida, a dupla de apresentadores convida para o “palco” a Estudantina Académica de Castelo Branco. Pela primeira vez a participar no festival, emocionaram a audiência ao cantar a tradicional “Olhos Negros”. O original “Amanhecer” fez também parte do repertório. Outra tuna portuguesa foi a Tuna-Mus – Tuna Médica da Universidade da Beira Interior, que impactou a plateia quando todos os membros do grupo tiraram, ao mesmo tempo, os chapéus pretos do traje académico. “Doce Covilhã” e “Castigo e Um Beijo” foram as duas músicas apresentadas pelo grupo.
Trazendo fortes culturas latino-americanas, a Estudiantina de La Universidad Autónoma de Querétaro e a TUNA UIS, fugiram da temática lenta e saudosa da noite e apostaram em ritmos mais animados, fazendo o público dançar e bater palmas durante as apresentações. A TUNA UIS, tuna mista e predominantemente composta por jovens, arriscou mesmo em cantar alguns versos em português, causando admiração em todos presentes.
O apresentador anunciou que a noite estava a chegar ao fim, o que fez com que a plateia murmurasse em protesto, e chamou a Tuna de Medicina da Universidade de Coimbra. Sendo a única tuna a representar a cidade de Coimbra não é de se surpreender que tenha sido muito bem recebida. “Sem dúvidas, a melhor da noite”, confessaram Carlota Medeiros, Catarina Almeira e Maria Rodrigues, estudantes da Universidade de Coimbra, que afirmaram não ser o primeiro festival que frequentaram.
Jesus Maria de Fuentes, membro apelidado de Machaca na Tuna de Medicina de La Laguna, exprimiu o seu agrado ao passar pela primeira vez na cidade dos estudantes. Constata, no entanto, que é a terceira vez que a tuna vem à cidade dos estudantes.
Com Leonor Garrido
