Ciência & Tecnologia

Critical Software premeia inovações tecnológicas

Maria Monteiro

FIKALAB inspira estudantes do ISEC a lançarem-se no empreendedorismo. Projeto vencedor visa otimizar práticas agrícolas. Por Tomás Barros e Carlos Torres

Decorreu no final desta tarde, no Polivalente do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), a sessão de encerramento da primeira edição do FIKALAB ISEC Challenge 2019. O evento serviu para premiar os projetos concorrentes no concurso lançado pela Critical Software, em parceria com o ISEC. No local estiveram presentes o presidente do ISEC, Mário Velindro, o responsável da Critical Software por esta iniciativa, Gonçalo Silva, e os participantes do concurso.  

O desafio estava inserido no projeto FIKALAB, desenvolvido pela empresa Critical Software. Gonçalo Silva explica que o FIKALAB “é um espaço físico e um conceito, onde as pessoas podem desenvolver os seus projetos num ambiente descontraído”. O mesmo adianta que “através dos seus laboratórios, esta atividade promove e apoia outras iniciativas que visam criar laços de cooperação entre os participantes”.

O espaço FIKALAB foi criado em 2016, dentro da Critical Software, e só no ano de 2019 é que foi expandido para o contexto universitário. Gonçalo Silva refere que “a colaboração com o ISEC visa a partilha de conhecimento, inovação, além de criar parcerias fortes que possam dar frutos no futuro”. Nas suas palavras, o objetivo passa ainda por “fazer com que estes alunos desenvolvam competências em áreas onde seria mais difícil fazerem-no sozinhos”.

Para a fase final foram apurados cinco dos dez projetos que surgiram em menos de um ano. Para o presidente do ISEC, Mário Velindro, com este tipo de iniciativas “pretende-se que os alunos abracem os seus projetos e que sejam um exemplo para os demais estudantes”. Acrescenta que a finalidade “é criar uma escola de engenharia num contexto empresarial”.  Na sua opinião, este desafio “é um exemplo prático de um projeto académico que envolve ciência, mas também exige competências transversais”.

A concurso foram lançados projetos de diferentes áreas tecnológicas, com aplicabilidade nos dias de hoje. Desde a agricultura ao ensino, foram expostas ideias inovadoras representadas através dos protótipos apresentados ao público presente. Para o responsável da iniciativa, “espera-se que a inspiração de cada participante parta de uma motivação pessoal para desenvolver um projeto inovador no âmbito tecnológico”.

A equipa vencedora, constituída por João Miguel Santos e Jorge Miguel Costa, estudantes do ISEC, apresentou o projeto “Data Station Land Vehicle (DaSLaV)”, que consiste num robôt com capacidade para medir valores de pH, temperatura e humidade dos solos agrícolas. O projeto é vocacionado para a otimização da prática agrícola, como explicou João Miguel Santos. Os vencedores foram premiados com um valor monetário que vai servir para concluírem os protótipos apresentados. Foi ainda digno de menção honrosa o projeto “Arduino Simulator” desenvolvido por Paulo Gonçalves, que tinha como propósito auxiliar o ensino de programação em sistemas embebidos.

Mário Velindro acredita que estes tipos de desafios ajudam a que os alunos “percebam o contexto do mercado de trabalho e que fiquem cientes do tipo de problemas e abordagens que as empresas fazem nesta área tecnológica”. Já Gonçalo Silva afirma que “esta iniciativa se tem revelado uma mais valia em termos de contacto com a comunidade universitária”. O mesmo adianta que “para uma primeira edição os resultados foram muito positivos, e que o objetivo passa por mais edições no futuro”.

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